Carlos Boschetti Titulo Cenário econômico
Consignado, salvação da lavoura
Carlos Boschetti
09/04/2015 | 07:04
Compartilhar notícia


Segundo levantamento da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), a procura por empréstimos nas diversas carteiras reduziu substancialmente. A linha em que houve um aumento de demanda foi o crédito consignado, com o objetivo de redução dos encargos financeiros a empréstimos contraídos em outras linhas de crédito. Mais de 80% dos requisitantes são pessoas físicas que estão em situação crítica por não conseguirem honrar seus compromissos devido à diminuição do poder aquisitivo das famílias e gastos com outros financiamentos.

O aumento dos gastos com energia elétrica, Saúde, alimentação, Transporte e Educação e os ajustes salariais acompanhando inflação não contribuem com o equilíbrio orçamentário doméstico, o que leva as famílias à busca de empréstimos a taxas compatíveis com a renda e condições de pagamento no menor tempo possível sem desestruturar o andamento dos compromissos vitais do grupo familiar.

O empréstimo consignado para as pessoas que estão empregadas ou recebem os benefícios da previdência pública, INSS ou sistema de aposentaria dos funcionários públicos, tem acesso a taxas diferenciadas, de acordo com a rede bancária. Com paciência e boa negociação, os requisitantes têm maior facilidade e uma operação financeira mais ágil, pois o agente financeiro terá maior segurança na liberação do capital requerido.

A cada dia que passa, a pressão sobre as pessoas aumenta pela falta de segurança na tendência da economia. Todas estão assustadas com o mar de lama da corrupção no País diariamente anunciado na imprensa, bem como com as mudanças que o governo tenta aprovar no Congresso, ações que colocam em risco a empregabilidade. Milhares de empregos foram eliminados pela paralisia em que nos encontramos e pelo escândalo da Petrobras. As grandes obras e a indústria naval estão todas endividadas por falta de pagamento ou falta de acesso a crédito no Brasil ou em mercados internacionais.

O sistema bancário já sentiu o impacto e está reduzindo a liberação de crédito tanto a pessoas físicas como a pessoas jurídicas que reduziram drasticamente a captação de novos recursos devido aos riscos e/ou falta de garantias.

Nossas instituições estão fazendo ajustes no Orçamento da União para 2015 e muitos projetos estão prejudicados. Principalmente os mais humildes estão sendo afetados. Por exemplo, distribuição de medicamentos recorrente nos postos de Saúde está passando por problemas. Há três meses faltam remédios para pressão, diabete, dentre outros, e sem previsão de retomada de distribuição, o que agrava orçamento familiar.

Desde o Plano Real em 1994, não vivemos uma crise tão cruel para a população como nos últimos dois anos. Estamos empobrecendo lentamente, sem nenhuma condição de proteção de nosso patrimônio ou condição de vida.

Nosso rico dinheirinho da poupança está sumindo mês a mês para pagamento de todas as obrigações assumidas. Dias difíceis ainda estão por vir e todo cuidado financeiro é imperativo. É necessário saber fazer render o salário, coisa em que nossas mães são especialistas. Temos de ter a consciência de valorizar nosso dinheiro, nossa conta bancária, eliminar os gastos e guardar o máximo possível. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;