A proposta da Prefeitura é estender a iniciativa – que visa gerar empregos e renda para os moradores – a outras favelas da cidade. O mesmo modelo começa a ser erguido no conjunto habitacional da avenida Prestes Maia. Lá, serão 12 boxes que atenderão as favelas do Quilombo e Tamarutaca. A entrega está prevista para março de 2004.
Dos serviços oferecidos no centro comercial inaugurado nesta terça-feira, nove são considerados âncoras, entre eles uma agência do Banco do Brasil, uma dos Correios, uma lotérica, uma loja da Livraria Cortez (a primeira da rede no Grande ABC) e um posto do SIM (Sistema Integrado Municipal), que vai oferecer todos os serviços e atendimentos da administração municipal, inclusive do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental).
Outros nove negócios são de propriedade de moradores locais. Haverá cabeleireiro, pizzaria, tapeçaria, farmácia, loja de presentes e cestas de café da manhã, além de uma loja de equipamentos elétricos e hidráulicos. Os segmentos foram escolhidos pela população. “Fizemos uma enquete para levantar os serviços considerados de maior necessidade”, disse o prefeito João Avamileno, que nesta terça-feira participa da cerimônia de inauguração.
Para montar e administrar os estabelecimentos, os moradores da ex-favela contaram com recursos de R$ 30 mil, financiados pelo Banco do Povo. “Os novos empreendedores receberam orientação profissional e participaram de treinamentos sobre empreendedorismo.” Os cursos foram ministrados pelo Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Para atuar na proposta de criação de empregos, todas as lojas do corredor comercial, inclusive as âncoras, vão empregar moradores locais. Hoje, urbanizada, com ruas internas, calçadas e rede de água e esgoto, a ex-favela tem hoje características de bairro regular e os moradores moram em terrenos regularizados pela Prefeitura.
Segundo Avamileno, com o centro comercial, a área vai ser incorporada como bairro de fato ao restante da cidade. “Urbanização não se limita a saneamento. É preciso melhorar as condições de vida.”
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