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Câmara garante corrigir a fusão Saned-Sabesp
Gustavo Pinchiaro
do Diário do Grande ABC
06/05/2011 | 07:10
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Os vereadores de Diadema prometeram a representantes do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado) que vão assegurar suas reivindicações no projeto de lei que cria a CAD (Companhia de Água de Diadema), empresa proveniente da união da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema) com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado). A preocupação da entidade é com a possibilidade de terceirização dos serviços e demissões do quadro atual de funcionários da autarquia.

O auxílio dos parlamentares veio após um grupo de diretores do sindicato comparecer à Câmara durante a sessão ordinária para protestar na tribuna livre. De acordo com o líder do governo, Orlando Vitoriano (PT), é intenção do governo fazer essa discussão para aperfeiçoar a redação do projeto. "Vamos marcar uma reunião antes da votação com o governo, vereadores e sindicato. Também faremos uma audiência pública, mas ainda não temos as datas", pontuou.

Via emenda, os parlamentares afirmaram que vão garantir a manutenção dos postos de trabalho e inibir a possibilidade de terceirização dos serviços da nova companhia. "Queremos esgotar as discussões do projeto. Se não atenderem, não descartamos a possibilidade de greve", reafirmou o diretor do Sintaema, Roberto Alves Silveira, o Gaúcho.

Apesar da investida, a Câmara aprovou em primeira discussão a alteração na natureza jurídica da Saned, de empresa exclusiva do município para uma entidade de capital misto. Com isso, meio caminho da criação da CAD está concluído.

O prefeito Mário Reali (PT) vai ceder 50% da Saned para amortizar 75% dos R$ 685 milhões devidos à Sabesp. "Ninguém sabe direito de quanto é o débito. Precisamos discutir melhor isso", declarou a vereadora Irene dos Santos (PT).

Com a união a CAD será administrada meio a meio. O comando da presidência e do conselho financeiro serão revezados entre Estado e município de seis em seis anos. "Temos de exigir que os primeiros seis anos da presidência sejam nossos", avaliou o vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT).




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