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Chapa 2 na Volks é contra banco de horas e PLR atual
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
26/02/2008 | 07:20
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Na disputa pelo comitê sindical da Volkswagen, em São Bernardo, a chapa 2 – a que representa a oposição – apresenta opinião diferente das demais quando o assunto é banco de horas e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) com metas: é contra.

O dirigente sindical e integrante do comitê Rogério Romancini explica que essas bandeiras também fazem parte da corrente sindical da chapa, o Conlutas. “O banco de horas, a PLR e a terceirização, como é feita hoje na Volkswagen, é uma reforma trabalhista e retira direito dos metalúrgicos”, explica.

Segundo o sindicalista, a instalação de um banco de horas na planta, em 1996, foi o que gerou o rompimento com a situação – corrente Articulação Sindical, da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

“O banco de horas joga nas costas do trabalhador a situação do mercado automobilístico. Esse trabalho que entra para o banco não reverte financeiramente para o metalúrgico. Só beneficia a empresa, pois é a Volks que usufrui dessas horas”, explica Romancini.

Outra bandeira da chapa é a questão da PLR com metas. Para o sindicalista, ela gera pressão no trabalhador quanto à produção, sendo benéfica para a montadora e não para seus funcionários.

“Há muita cobrança do trabalhador por causa do abono. Muitas vezes, o metalúrgico vai para a produção sem condições para exercer sua função por causa dessa pressão. Só que neste ano, o trabalhador não recebeu nem R$ 0,01 do valor de cada produto feito pela Volks”, comenta o dirigente.

O combate a terceirização é outra luta da chapa. Segundo Romancini, na montadora há 18 mil trabalhadores. Contudo, apenas 10.500 são contratados da empresa. “E a diferença salarial é muito grande, além dos direitos perdidos pelos terceiros”, diz.




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