Santo André completa hoje 457 anos de fundação. De João Ramalho até João da Silva, que por certo é de um (ou vários) morador(es) da cidade, milhares de episódios foram escritos na história deste município desde que o desbravador português, acatando ordem do rei D.João III e sob o comando de Martim Afonso de Souza, partiu com a incumbência de fundar vilas para fortificar o Litoral. Como conseguia se comunicar com algumas tribos, se embrenhou no mato e chegou em área acima da Serra do Mar, onde fincou moradia.

O local prosperou, mas a petição de João Ramalho para transformá-la em posse da Coroa real era sempre negada, pois Portugal pretendia povoar o Litoral e não o Interior. O pedido só foi atendido em 8 de abril de 1553, quando o governador-geral Tomé de Souza criou a vila de Santo André da Borda do Campo.

Surgia, enfim, Santo André. E não parou mais de crescer. A cidade é o A do complexo industrial-econômico que forma o Grande ABC. Sempre foi a ponta mais alta do Triângulo das Indústrias, como os três municípios ‘santos' do ABC (André, Bernardo e Caetano) eram conhecidos no início do século passado. E, por causa de sua pujança, atraiu forasteiros, não para saqueá-las, mas, assim como João Ramalho, para fincar raízes e olhá-la com carinho, admirá-la por sua grandeza e respeitá-la por seus feitos.

Por isso, esta edição especial não traz os filhos naturais de Santo André, mas os enteados que a adotaram como terra-mãe. E é olhar deles que está estampado em cada página deste suplemento. Cada escolhido enxerga a cidade à sua maneira, mas todos com brilho único de amor, afeto e esperança para que o município prossiga sua caminhada rumo ao futuro, proporcionando todos os dias a seus habitantes bem-estar e infraestrutura dignos de um povo que há 457 anos luta com afinco e dedicação pela grandeza deste pedaço de chão.

Feliz aniversário, Santo André!