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Santos elege neste sábado novo presidente e esquece 2005
09/12/2005 | 23:58
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A perda de Robinho para o Real Madrid e a derrota humilhante por 7 a 1 para o Corinthians, o maior rival dos santistas, foram os principais pontos negativos do ano e estão sendo aproveitados pela oposição para tentar chegar ao comando do Peixe nas eleições marcadas para este sábado. A situação, por seu lado, se defende: não havia como segurar a maior estrela que a Vila Belmiro teve depois da Era Pelé e mostra os resultados obtidos nesses quatro anos seguidos de gestão: dois títulos brasileiros, um vice da Libertadores, a reforma da Vila Belmiro e a conclusão do CT Rei Pelé.

Marcelo Teixeira, atual presidente, encabeça a chapa Rumo Certo. Ele ocupou o cargo na década de 90 e reassumiu o comando do clube em 2000, mantendo-se até agora no cargo, tendo vencido as três últimas eleições. Já a oposição segue ao comando do jornalista Paulo Schiff para tentar colocar o movimento Resgate Santista na administração do clube.

As duas chapas concordam em pelo menos um ponto: a necessidade de montar um time competitivo para 2006 para apagar o fiasco da atual temporada. Os dois grupos querem um treinador de ponta - o nome preferido é o de Vanderlei Luxemburgo - e a contratação de craques para atuar ao lado das revelações das equipes de base.

As divergências, porém são grandes. Marcelo Teixeira adota um modelo presidencialista e centralizador, chegou a colocar mais de R$ 25 milhões nos cofres do clube quando assumiu o cargo em 2000 e montou um time milionário. Depois de desmontado esse elenco de veteranos, o Santos estava quebrado e contratou Emerson Leão, que ousou: dispensou contrações caras e lançou a última versão dos Meninos da Vila, com Diego, Robinho e cia.

Foi o suficiente para apagar todos os pecados: o time conquistou, em três anos, dois títulos brasileiros e um segundo lugar, além do vice na Libertadores. Mas o assédio do futebol europeu foi maior que a boa vontade de manter o elenco e, um a um, todos os jogadores dessa nova geração deixaram a Vila Belmiro.

A oposição não concorda com esse tipo de gestão e pretende profissionalizar a administração do clube, ao mesmo tempo em que pensa em intensificar os negócios na área de marketing. Não quer a mistura de dinheiro particular com o do clube e exige transparência nas questões financeiras. Joga no desgaste provocado pela má campanha deste ano e pelos seis anos seguidos de Teixeira no comando do clube.




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