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Mercado em alta valoriza a criatividade do designer
Gabriela Gasparin
Especial para o Diário
06/01/2007 | 18:43
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Profissionais do setor afirmam: o mercado de design está em alta e, junto com a ascensão, aumentam as possibilidades de emprego na área. Porém, para candidatar-se a uma vaga, os interessados precisam ter em mente qual especialização pretendem seguir, além de gostar de desenhar, ser criativo e estar antenado ao mundo da tecnologia e da arte. A informação é de Fabiano Pereira, coordenador do curso de design da Uniban (Universidade Bandeirante), com unidade em São Bernardo.

“O designer deve desenhar algo novo, que está para existir, e não copiar o que já foi criado. Ele precisa projetar algo que realmente vai afetar o desejo das pessoas”, ressalta Pereira.

De acordo com o coordenador, o mercado está em alta pela própria exigência do consumidor na qualidade dos produtos. “Há três ou quatro décadas, apenas empresas grandes possuíam os serviços de um designer. Agora, o profissional tornou-se necessidade de organizações médias e pequenas também”, diz.

Pereira explica que, como há grande oferta de produtos lançados no mercado, é o desenho que fará o consumidor optar por um ou outro modelo, uma vez que as tecnologias são praticamente as mesmas.

Atuação - Design é um termo bastante amplo para uma profissão com tantos segmentos: há o designer gráfico, de interiores, de moda, de produto, web. Enfim, todos ramos diferenciados nos quais os profissionais podem atuar. Geralmente é feita uma especialização para cada segmento de atuação.

É o que fez o designer gráfico Lincoln Yudi Shiguio, 28 anos, que montou uma agência em Santo André em conjunto com sócios. “Escolhemos o Grande ABC porque aqui tem bastante espaço para crescer. Em São Paulo, o mercado já é muito concorrido”, acrescenta o empreendedor.

Ele atua na parte de criação da agência, que oferece serviços de design gráfico e digital. Dentre suas atividades estão a criação de logotipos, imagens corporativas, estampas, entre outros produtos para os clientes. “Fazemos todo um planejamento para o nosso trabalho. Eu atuo desde a parte inicial, que consiste na elaboração de um conceito para o desejo do cliente, até a finalização do projeto”, conclui.

Shiguio, que é formado em desenho industrial – antigo nome dado ao curso de design –, confirma que há espaço no mercado de trabalho tanto para quem possui a mesma formação que ele, quanto para publicitários e técnicos.

O coordenador da área na Uniban afirma que, mesmo que publicitários possam atuar no segmento de design, há uma diferença entre ambas as funções. “Quem trabalha com publicidade está mais preocupado com a venda de um produto. Já o designer se preocupa com sua usabilidade”, explica.
(Supervisão de Hugo Cilo)




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