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PM de Sto.André faz acompanhamento psicológico
Samir Siviero
Da Redaçao
24/10/2000 | 19:17
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Os policiais militares da 1ª Companhia do 10º Batalhao da PM de Santo André iniciaram nesta quarta-feira um programa de acompanhamento psicológico pioneiro no Estado de Sao Paulo, segundo o capitao José Antonio Senaubar, do CASJ (Centro de Assistência Social e Jurídica) da PM, de Sao Paulo. Nesta quarta-feira, cerca de 30 policiais passaram por testes no Hospital Bartira sob supervisao de uma equipe de seis psicólogos, formada por profissionais da CASJ e da Uni-A (Centro Universitário de Santo André). 

 Até o fim desta semana, cerca de 100 policiais farao os testes psicológicos. Em seguida, o material será avaliado pela equipe de profissionais, e uma avaliaçao geral dos soldados da 1ªCompanhia será entregue até o fim do ano ao capitao Paulo Barthasar Júnior. As conclusoes individuais serao entregues a cada um dos policiais, que, caso queiram, poderao ter acompanhamento individualizado.  

"A auto-estima dos policiais é uma das coisas que acreditei que devíamos melhorar quando assumi a 1ªCompanhia, em fevereiro deste ano. Para sua família e a comunidade, o policial militar é um super-homem, mas temos de mostrar a esses policiais que eles têm necessidades e valores como qualquer pessoa", avaliou o capitao Barthasar. 

 A partir de um trabalho executado em Ribeirao Pires, pela assistente social Maria Iracema Boitar, Barthasar resolveu aplicar o acompanhamento psicológico aos seus policiais. "Em Ribeirao, o trabalho foi feito pelo Conseg (Conselho de Segurança) e nao foi oficializado pela PM. Agora vamos fechar todo o ciclo, inclusive com profissionais de Sao Paulo", explica Barthasar. 

 "Em Sao Paulo também fizemos alguns trabalhos de avaliaçao, mas que nao tiveram o acompanhamento individualizado como esse terá. Desse modo, como está se formando, é a primeira vez no Estado que se faz uma avaliaçao psicológica com policiais", disse o capitao Senaubar. 

 Os policiais militares que passaram pela avaliaçao gostaram da oportunidade. "As vezes estamos com nossos filhos no colo, mas pensando naquele bandido que prendemos, sem nos desligar do cotidiano. Com esse acompanhamento, teremos alguém para conversar sobre nossos problemas e poderemos suportar melhor as pressoes e cobranças tanto da comunidade como da nossa própria família", acredita o cabo Luiz Carlos Crespo. 

 O projeto teve apoio do Conseg Norte de Santo André, do Sindicato das Escolas Particulares do ABC, de Iracema Boitar e da Uni-A, que firmou um convênio com a PM e possibilitou a avaliaçao.




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