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Sindicatos brigam por operários do Rodoanel
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
09/04/2008 | 07:19
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O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de São Bernardo e Diadema, filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo, filiado à Força Sindical, iniciaram uma disputa pela representação dos operários do Rodoanel no Grande ABC.

Terça-feira, o sindicato de São Bernardo fez um assembléia no canteiro de obras do lote 2 do trecho Sul do anel viário – construção de responsabilidade pelo Consócio ArcoSul, das empresas Odebrecht e Constran – reivindicando para sua base os trabalhadores dessas construtoras.

A entidade fez uma paralisação parcial dos operários para pressionar o consórcio a assinar o recebimento de uma pauta de reivindicações. Cerca de 100 trabalhadores estavam presentes na plenária.

Segundo o presidente da organização de representação de classe de São Bernardo, Cladeonor Neves da Silva, a reivindicação principal é que as empresas envolvidas na construção do lote 2 sigam a convenção coletiva local. “Hoje conseguimos a abertura de um canal de negociação, mas o consórcio pediu cinco dias para nos dar uma resposta”, diz.

O dirigente cutista afirma que a carta sindical da entidade da Força exclui as cidades do Grande ABC da representação sindical da construção pesada.

Mas o diretor do sindicato da construção pesada, Arlindo da Silva, discorda. “Eles são da construção civil, que faz prédio, residências. Não é a primeira vez que isso acontece, que invadem a nossa base. Mas somos nós que representamos os trabalhadores do Rodoanel. Não há acordo nenhum sobre representação”, contesta.

Consórcio - O gerente operacional do Consórcio ArcoSul, Nicolas Eduardo Vasquez Tanwing, afirma que recebeu o sindicato de São Bernardo e aceitou a pauta, mas sempre negociou com o sindicato da construção pesada.

“Isso é uma briga entre sindicatos e que estamos no meio. Pedimos alguns dias para as entidades para fazermos uma consulta jurídica e analisar a quem devemos responder, pois não podemos ficar com os dois”, explica Tanwing.

O gerente também conta que pela manhã foi necessário chamar a Polícia Militar para que o sindicato desobstruísse a entrada dos operários. “O ideal é que os dois sindicatos se entendessem para que a obra não seja prejudicada”, comenta.

No lote 2, que ligará a Via Anchieta a Rodovia dos Imigrantes, há cerca de 1.700 pessoas trabalhando. O consócio é responsável pela construção de 9 km, sendo 7 km de anél viário e mais 2 km de interligação para as duas estradas.



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