Um dos poucos destaques do Santo André nos rebaixamentos às Séries C do Brasileiro e A-2 do Paulista, o atacante Rychely entrou em acordo com a diretoria para sua liberação. Com contrato até o fim do ano, porém, o jogador teve de ressarcir valor ao clube. A quantia não foi divulgada, mas é inferior aos quase R$ 1 milhão que o Ramalhão receberia na transferência do atleta ao Alania, da Rússia, transação que fracassou no início da temporada. Com isso, o clube saiu perdendo.

"Como o contrato dele acabaria no fim do ano, ele nos pagou uma indenização para liberarmos. Mas um valor muito abaixo, incompatível com uma transferência internacional. A negociação dele (à Rússia) era prioridade, tanto que o liberamos no meio do campeonato. Então, no fim das contas, fomos prejudicados", disse o diretor de futebol andreense, Juraci Catarino.

A negociação com o clube russo não deu certo em razão dos problemas na ida do atleta à Alemanha, onde realizaria seus exames médicos. Sem passaporte válido, Rychely passou por maratona para tirar nova documentação legal. O atacante chegou a ficar alguns dias na Europa, mas retornou ao clube da região.

Rychely afirmou ter duas propostas para disputar a Série B do Brasileiro e, por isso, pediu para deixar o Ramalhão. "Apesar da situação (de rebaixamento), apareceram oportunidades melhores para mim, quero aproveitar e sonhar mais alto. Tive uma proposta do Sudeste e outra do Nordeste", comentou o jogador, que não quis revelar os interessados. "E vou acabar não tendo férias", afirmou, mas sem se importar.

O atacante chegou ao clube antes do início da Segundona do ano passado e deixa o clube praticamente um ano depois, com sete gols marcados. "Estou saindo, mas o Santo André ganhou mais um torcedor."

Saged tem Dia D sobre renúncia da dupla de mandatários

Hoje, enfim, pode ser o Dia D para a Saged (Santo André Gestão Empresarial Desportiva). Isso porque está marcada para as 20h a reunião entre o presidente da Gestão, Ronan Maria Pinto, e o vice, Romualdo Magro Júnior, com os líderes do clube, Celso Luiz de Almeida e o vice, Jairo Livólis.

A princípio, a assembleia deve iniciar com o pedido de renúncia de Ronan e Romualdo. Ambos mostram-se desgastados após quase quatro anos à frente da Saged, tempo em que o clube oscilou. Mas os resultados ruins obtidos recentemente, como os rebaixamentos à Série C do Brasileiro e à Série A-2 do Paulista, praticamente apagaram os acessos às elites estadual e nacional de temporadas passadas.

Assim, fica a expectativa pelo desfecho da história. sobretudo em razão das definições para a disputa da Série C, em julho.