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Nova safra do cinema
Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
22/08/2010 | 07:19
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O cenário cinematográfico nacional esta voltado, nesta semana, para as atividades do tradicional Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, que teve início na quinta-feira e ocorre em diversas salas da Capital. A programação pode ser vista no site do evento (www.kinoforum.org.br/curtas/2010). Em sua 21ª edição, conta com a presença de produções recentes de uma talentosa safra de diretores do Grande ABC que despontam no mercado.

Entre os mais de 400 filmes de 30 países diferentes, os cineastas César Cabral, de Santo André, diretor de Tempestade e Dossiê Rê Bordosa; Vébis Júnior, de São Bernardo, responsável por Das Faces e Sombras; e Marcelo Felipe Sampaio, de Diadema, dos filmes O Guardado e Pixote 30 Anos Depois..., são algumas figuras que buscam seu espaço ao sol no setor audiovisual brasileiro - e mundial, sendo que seus trabalhos correm em festivais de países como Espanha, Cuba e Inglaterra.

"A região está muito melhor em relação a cinema do que se imagina", afirma Vébis. "Está surgindo uma nova geração de pessoas do Grande ABC que querem trabalhar com cinema, e gosto de participar dessa efervescência da arte", completa.

Apesar das dificuldades em se trabalhar nesse setor do entretenimento, levando em conta que o gasto pode ser muito superior a outros estilos artísticos, eles afirmam que vale a pena investir em seu amor pela sétima arte e tentar de qualquer forma viabilizar seus projetos pessoais.

É importante ressaltar que o trio - que trabalha separadamente - não vive somente de cinema. Em meio a aulas e entregas de obras publicitárias, encontram tempo para vencer as barreiras das dificuldades financeiras e começar suas filmagens. "Faço um cinema de guerrilha para suprir minha necessidade de filmar. Me considero um artista que consegue sobreviver sem a máquina ao lado", diz Sampaio.

Considerado o mais importante evento do gênero no Brasil, o Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo surge como ótima oportunidade para que possam apresentar os trabalhos a companheiros cineastas de diferentes lugares. Segundo Cabral, os filmes são feitos sem vislumbrar lucro. "A produção de curta-metragem é uma coisa que faço em paralelo. Não é algo que visa ganhar dinheiro. Tem peso como portfólio ou como uma realização pessoal", diz.

A realização e divulgação dos curtas-metragens sempre têm um valor simbólico e especial para cada um deles. Ao falar sobre os filmes, recordam cenas, personagens e pessoas que os ajudaram a transformar o sonho em realidade. Que eles sirvam de exemplo para que mais pessoas tenham coragem de encarar os desafios do mundo cinematográfico.




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