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KTK aposta no mercado internacional
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
20/04/2010 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Ampliar as exportações, mesmo com o real valorizado frente ao dólar, está entre principais objetivos de 2010 da KTK, tradicional indústria de equipamentos hospitalares sediada em São Bernardo. A empresa, que é referência em aparelhos para anestesia no Brasil, já exporta para 30 países, em negócios que respondem por 20% da produção. Sua meta é aumentar esse percentual para 25% até o fim do ano.

As perspectivas são promissoras. A companhia acaba de fechar parceria com revendedores em Portugal e na África do Sul. Nesse último país, o contato foi iniciado na feira médica de Dusseldorf, em novembro. "Fizemos acordo com um distribuidor importante em Johannesburg", assinala o diretor da KTK, Sammy Roger Ewald.

Além de buscar novos mercados, a empresa procura fortalecer a atuação onde já tem estrutura de distribuição. É o caso do México e da Colômbia. "Buscamos ganhar escala de vendas", afirma.

Ewald cita que o dólar na faixa de R$ 1,75 não é tão atrativo para exportar quanto há alguns anos. "Mas como somos empresa de tecnologia e de produtos, temos margem (de lucro) maior do que quem só monta (os equipamentos). Mesmo abdicando de parte do ganho, a exportação continua sendo interessante", afirma.

O diretor lembra que o foco em desenvolver os produtos está relacionado à origem da empresa. A KTK foi fundada há 53 anos pelo médico Kentaro Kataoka, que sentia, na época, a necessidade de ter aparelhos mais seguros para o processo anestésico.

"Ele pesquisou para ver se encontrava alguém que fizesse os aparelhos para ele, mas não encontrou. Comprou tornos mecânicos, estudou no Senai e começou a produzir válvulas para administrar os anestésicos", cita o executivo. Depois, a partir da década de 2000, a empresa entrou na era digital e deu um salto, tornando-se o maior fabricante de equipamentos de anestesia da América Latina.

MERCADO INTERNO - Ewald cita que, no País, a economia aquecida e a abertura de licitações para equipar novos hospitais animam a empresa, que tem nível de ociosidade de 30% nas instalações. Isso permite ampliar a produção sem novos investimentos em expansão. "Só teríamos de contratar mais", afirma o executivo. Hoje, tem quadro de 200 funcionários.

Com mercado promissor no País e no Exterior, a KTK projeta passar dos R$ 42 milhões de faturamento em 2009 para R$ 60 milhões em 2010, o que lhe dará crescimento de 43%.

NA REGIÃO - A KTK está em São Bernardo há três anos. A transferência da fábrica, que ficava no bairro da Saúde, em São Paulo, para a região deveu-se ao espaço, já apertado na antiga sede, e também à proximidade com fornecedores de peças, do ramo metalmecânico.

Hoje, a companhia - que conta ainda com unidade fabril em São João Clímaco, em São Paulo - produz em média, anualmente, 1.000 equipamentos na área de anestesia e 2.150 em terapia intensiva.




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