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Bombeiros visitam família após parto

Equipe ajudou no nascimento da pequena Heloísa no dia 4, em Santo André

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
11/03/2015 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A pequena Heloísa tem 2,7 quilos, 47 centímetros e uma semana de vida. Seu nascimento aconteceu dentro de unidade de resgate do Corpo de Bombeiros, por volta das 16h do dia 4, na Avenida Santos Dumont, em Santo André. Ontem, a bebê, moradora do Jardim Cristiane, recebeu a visita do trio responsável pela sua vinda ao mundo: o soldado Edson Figueiras e os cabos Vandelson Amador da Silva e Ednei Fernando dos Santos.

A doméstica Maria Aparecida da Silva Santos, 26 anos, mãe da menina, ainda tem o episódio gravado na mente. Ela lembra que o início das contrações ocorreu durante a manhã daquela quarta-feira. “Comecei a sentir dor e a minha vizinha se ofereceu para me levar ao médico, mas a bolsa estourou no carro e ela e o marido saíram correndo para pedir ajuda”. Como estavam na Avenida Santos Dumont, em frente ao Corpo de Bombeiros, o auxílio veio da corporação.

Os bombeiros envolvidos na ocorrência trabalham juntos há cinco anos e já fizeram outro parto complicado em 2013, quando colaboraram para o nascimento de gêmeas. No caso da pequena Heloísa, eles lembram da dificuldade da ação. “Percebemos que o cordão estava enrolado no pescoço e houve a necessidade de retirá-lo. Ela nasceu sem respirar, mas com alguns procedimentos, como a aspiração das vias e estímulo ao reflexo de choro, ela conseguiu retomar o oxigênio. Esse foi o nosso momento de maior emoção”, disse o cabo Edinei, que já participou de outros quatro nascimentos. O procedimento durou cerca de 40 minutos.

Cabo Amador é pai de dois meninos e se emocionou ao conhecer Heloísa. “Ao ouvir o choro dela a gente lembra dos momentos do parto. Foi muito emocionante”, considera.

“Atendemos tantas ocorrências em que a gente acompanha o sofrimento das pessoas, e quando a gente se depara com algo assim é gratificante”, disse o soldado Figueiras.

A família de Heloísa, que também é composta pelos irmãos Wellington, 13, e Anderson. 9, ficou em clima de festa e grande emoção. “Só tenho a agradecer a eles por me ajudarem. Desejo que eles continuem a fazer outras pessoas felizes”, observa Maria Aparecida.

O pai de Heloísa, o operador de máquina Anderson Nascimento, 25, estava no trabalho quando tudo aconteceu. “Me ligaram no serviço e falaram que ela tinha ganhado o bebê no resgate. Eu fui embora correndo e feliz da vida. Agradeço a Deus e aos bombeiros por terem salvado minha esposa e minha filha.”

“Faz mais ou menos um mês, que ela (Maria Aparecida) mudou e nós não éramos muito próximas, mas agora viramos grandes amigas. Eu fiquei o tempo todo com ela no carro e falava ‘calma Cida, vai dar tudo certo’”, contou a ajudante geral Jéssica Santos, 24.

TAINÁ E HEITOR

A bebê Tainá, que nasceu pelas mãos da cabo Paloma Costa Rangel Scomparin, da Polícia Militar, no mesmo dia de Heloísa, continua internada no Hospital da Mulher para aplicação de antibióticos.

Heitor, bebê que foi abandonado em Ribeirão Pires, também segue internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) com icterícia.




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