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Convênio estuda a Mata Atlântica
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
31/12/2002 | 13:49
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Um convênio assinado em abril passado entre a Ecovias (concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes) e a Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), em São Bernardo, apresentou os primeiros resultados em dezembro, com a apresentação final de 18 monografias feitas por estudantes da Faculdade de Biologia da universidade. O programa é uma parceria para a realização de projetos de pesquisa e recuperação ambiental. Entre os trabalhos feitos pelos alunos estão o encontro de duas espécies de aranha e macaco que não se sabia existirem nessa parte da Mata Atlântica, além da educação ambiental e estudo do impacto ambiental nos bairros Cota 400 e Cota 500, em Cubatão.

Plantas que indicam o nível de poluição no local, qualidade da água, deslizamentos e tipos de fungos estão entre as monografias apresentadas pelos alunos. “Os estudantes ganharam um excelente campo de estudo e, no trabalho com os moradores dos bairros Cota, procuramos saber até que ponto a vida dessas pessoas ou o meio ambiente são prejudicados”, disse a professora Waverli Neuberger, coordenadora da Agência Ambiental da Umesp.

De acordo com o assessor de relações internas da Ecovias, João Schleder, a pesquisa dos estudantes tem resultados importantes para a manutenção das estradas também. “Vários estudos interessam à Ecovias, como saber que determinado vegetal é melhor para conter deslizamentos.”

A partir do convênio assinado em abril do ano passado, os alunos dos 3º e 4º anos de Biologia ganharam um imenso “campo de estudos”; os estudantes são levados a áreas protegidas e que só podem ser acessadas por estradas de serviço da Ecovias.

Formados por operários que atuaram nas obras da Anchieta e da Imigrantes, os chamados bairros Cota ficam no meio da Serra do Mar, entre São Bernardo e Cubatão. Uma escola rural no Cota 400, com cerca de 50 crianças de 1ªa 4ªsérie, foi escolhida para o início de um trabalho de educação ambiental.

O estudante Frederico Tognin, 21 anos, e seu grupo trabalharam com essas crianças. Nas aulas, as crianças aprenderam coisas simples como ferver a água antes de beber, mas que não eram feitos em suas casas até essas aulas.




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