O circo foi armado para aplaudirem o maluco – como o próprio Carlos Alberto definiu. Mas, segundo o jogador, sua saúde está ótima. Um dia após o afastamento definitivo do elenco do São Paulo, o jogador organizou uma entrevista coletiva. Chegou sorridente, como se nada tivesse acontecido. Brincou e fez questão de cumprimentar todo mundo antes de falar. E falou. Carlos Alberto elogiou o São Paulo pelo tratamento que recebeu (principalmente do superintendente de Futebol, Marco Aurélio Cunha). Só não poupou o presidente.

 “Foi uma situação mal conduzida. Na minha opinião, não foi justo. Ficou uma interrogação. Queria entender. Uma coisa é acatar. Concordar é outra totalmente diferente. Você pode discordar de situações sem polemizar.”

 O meia negou que tenha cometido muitos erros. “Atrasei apenas uma vez (no dia na discussão com Fábio Santos) e teve o negócio do corte no pé, nada mais. O Fábio Santos é um dos caras que mais gosto lá, e poxa, as pessoas inventam coisas demais, tem muita coisa que não é verdade. Reitero, não brigamos.”

FATOR POSITIVO

 Antes do clássico entre São Paulo e Palmeiras, na Libertadores de 2005, o atacante Grafite afirmou que jogar no Palestra Itália era como entrar na casa do vizinho, “onde você pode mexer na geladeira e até ir no banheiro de porta aberta”. Os atuais são-paulinos não foram tão ousados nas declarações, mas deixaram claro que não vêem vantagem para o rival por atuar em seu estádio no segundo jogo da semifinal do Paulista. “Já fomos no Palestra e vencemos. Eu acho até gostoso jogar lá”, disse Dagoberto.

 Aliás, o retrospecto recente do São Paulo no estádio palmeirense é outro fator positivo. Nos últimos quatro jogos realizados no Palestra Itália, foram três vitórias tricolores e um empate.

 “Não vejo vantagem para o Palmeiras. Pelo que sei, o nosso retrospecto lá é muito bom”, afirmou o zagueiro André Dias. “O tamanho do gramado agora está maior do que o do Morumbi, tem mais espaço para jogar, fica mais fácil.”