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Marinha Mercante brasileira tenta ser mais competitiva
Do Diário do Grande ABC
11/03/2000 | 16:22
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Os empresários de navegaçao querem revitalizar o setor de Marinha Mercante. Para isso, estao negociando com o governo uma série de medidas com o objetivo de assegurar a competitividade e aumentar a participaçao brasileira no mercado internacional. O vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Navegaçao Marítima (Syndarma), Cláudio Décourt, acredita que até junho o setor terá fechado com o governo uma série de medidas que permitirao a retomada da navegaçao comercial em no máximo cinco anos.

O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, um dos responsáveis pela análise das reivindicaçoes dos empresários de navegaçao, nao quer se pronunciar sobre o assunto agora. As negociaçoes ainda estao acontecendo, explicou a assessoria do ministro. A outra área envolvida no assunto é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Um dos objetivos do Syndarma é aumentar a participaçao dos navios nacionais no transporte do comércio exterior brasileiro. Décourt destacou que esses fretes geram receitas em torno de US$ 5,5 bilhoes por ano. Nos últimos 12 anos, os fretes do comércio externo cresceram cerca de 40%. A estimativa é de que em cinco anos, o montante de valor dos fretes deverá chegar aos US$ 10 bilhoes anuais.

O vice-presidente do Syndarma ressaltou porém, que apenas 3% dos fretes do comércio exterior do país sao realizados por empresas de navegaçao privadas brasileiras. No fim da década de 70, explicou ele, "o Brasil transportava com navios próprios cerca de 22% das suas vendas no mercado internacional, valor que atingia 50% levando-se em conta as embarcaçoes afretadas".

Décourt lembrou que as exportaçoes do país naquela época eram de apenas US$ 3 bilhoes, porém a participaçao na navegaçao nacional chegava a US$ 1,5 bilhao. Atualmente, nao passa dos US$ 150 milhoes. "A Marinha Mercante Brasileira será elemento estratégico importante para o nosso comércio exterior", contribuindo para a diminuiçao do déficit de nossa balança comercial", disse ele.




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