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Reajuste para policiais
agora depende de votação
André Vieira
Do Diário do Grande ABC
26/08/2011 | 07:30
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Anunciada pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), em 14 de julho, a proposta de aumento de salário e reestruturação das polícias Civil e Militar foi apresentada segunda-feira na Assembleia Legislativa, mas ainda não tem prazo para ser votada e nem agradou à categoria.

A promessa do Palácio dos Bandeirantes é garantir 27,7% de reajuste até 2012, sendo o primeiro aumento neste ano, de 15%, retroativo a 1° de julho. A medida irá beneficiar 150 mil servidores na ativa e outros 103 mil aposentados e pensionistas.

O pacote com os cinco projetos de lei complementar saiu da Casa Civil e está agora disponível para apreciação dos deputados, que podem propor emendas. As peças ainda irão passar pelas comissões antes de ir ao plenário.

Fora do Legislativo, as discussões já começaram. Presidente do Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), George Melão criticou a proposta, que "não oferece perspectivas à categoria."

"É uma pequena reposição, que não chamo de reajuste, mas a questão não é só salarial. A polícia precisa de investimentos, melhores condições de trabalho e mais funcionários para fazer a segurança."

O sistema de promoção proposto pelo governo é outro ponto rejeitado pela categoria. Os delegados, que são divididos por classes, reclamam do prazo mínimo de tempo de serviço para que possam subir de posto.

A Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) informou que se reuniu na manhã de ontem com o secretário de Gestão Pública, Julio Semeghini, para debater o assunto e propor novas regras.

Na terça-feira, o colégio de líderes da Assembleia - que reúne representantes dos partidos e decide as propostas que irão para o plenário - faz mais uma reunião, quando poderá haver sinalização de quanto tempo os deputados precisarão para debater e votar os projetos.

 

Homicídio cai, mas criminalidade tem alta 

Enquanto o número de homicídios no Grande ABC diminui 31,2% nos sete primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2010, todos os outros crimes organizados nas estatísticas da Secretária de Estado de Segurança Pública apresentaram elevação.

Os dados divulgados ontem apontam crescimento nos índices de furtos, roubos e também furtos e roubos de veículos. Único decréscimo, as mortes violentas caíram de 179 de janeiro a julho do ano passado para 123 de janeiro a julho de 2011.

O roubo de veículos representa a maior alta da tabela, 10,7% - passando de 5.895 casos para 6.530. O aumento de ocorrências segue por furto (7,8%), roubo (4,2%) e furto de veículo (2,4%).

Historicamente lembrada pelos registros de violência, Diadema derrubou o número de homicídios. Foram 51 mortes violentas nos primeiros sete meses de 2010, ante 17 no mesmo período deste ano. Os índices de furtos e roubos de veículos tiveram ligeira redução no município.

A quantidade de homicídios também foi menor em Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires. Mauá teve alta (15 para 23). São Caetano e Rio Grande da Serra não têm números absolutos que permitem comparação.




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