A renovação prometida na Seleção Brasileira, com a determinação para que o técnico Mano Menezes - apresentado ontem - olhe com mais atenção para os atletas que atuam no Brasil reacendeu antigo sonho dos laterais Bruno Recife (esquerdo) e Artur (direito) do São Caetano. Titular desde a última temporada, a dupla é uma das mais regulares tecnicamente da equipe e tem se destacado sobretudo pelo bom desempenho no apoio ao ataque.

A escassez de bons laterais para as disputas do último Mundial e o fato de o setor ser um dos mais carentes de bons jogadores historicamente, combinada à chegada da Mano Menezes, que estava dirigindo uma equipe paulista (Corinthians), anima os laterais.

"Disputamos os dois últimos Paulistas e enfrentamos o Corinthians. Fizemos bons jogos e seguimos nosso trabalho, mas é difícil ser visto. O São Caetano é um grande clube, mas temos de ser realistas. Dificilmente olham para jogadores que estão na Série B. Mas acho que com o Mano pode ser diferente. No entanto, temos de fazer nossa parte, recolocar o São Caetano na Série A (Brasileiro). Aí o time terá mais visibilidade e, quem sabe, a gente realiza esse sonho", disse Artur, 25 anos.

Bruno Recife concordou com o companheiro de clube e acredita que, mesmo com 28 anos, terá condições de disputar a Copa do Mundo do Brasil em 2014 caso tenha oportunidade.

"Procuro me cuidar e fazer o melhor pelas equipes em que jogo. Claro que fica um pouco difícil, mas acredito que se conseguirmos o acesso para disputar o Brasileirão no próximo ano podemos ter mais chances de ser notados", avaliou ele.

Bruno Recife chegou ao São Caetano no início do ano passado emprestado até dezembro do mesmo ano pela Portuguesa. Com o bom desempenho do jogador, os clubes fizeram acordo e Ademir Sopa, que interessava à Lusa, foi para o Canindé e Bruno recife permaneceu no Azulão, com contrato até dezembro de 2011.

O rendimento de Artur na Série B de 2009 e no Paulistão deste ano chamaram a atenção do Fluminense, que durante a parada para a Copa do Mundo, tentou levá-lo às Laranjeiras. Mas os clubes não entraram em acordo.