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Santos tem novo ânimo para final: a mãe de Robinho
Raphael Ramos
Do Diário do Grande ABC
Com Agências
18/12/2004 | 16:35
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O Santos ganhou nova injeção de ânimo para conquistar o bicampeonato brasileiro. Terminou nesta sexta, após 41 dias, o seqüestro de Marina de Souza, mãe do atacante Robinho, e o atleta já foi escalado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo entre os titulares na partida contra o Vasco, domingo, em São José do Rio Preto, pela última rodada do Nacional. Além de contar com o retorno de seu principal jogador, o time mostrou-se empolgado com a solução do crime, que além de prejudicar Robinho, acabou abalando o grupo.

Marina foi libertada nesta sexta, por volta das 7h30, no bairro de Perus, em São Paulo, depois que a família pagou R$ 200 mil. Ela foi levada para o Hospital Metropolitano da Lapa e logo em seguida teve alta. Depois de voltar a Santos, a mãe do jogador fez sua primeira aparição pública, acompanhada do filho e de mais duas pessoas. Da varanda de seu apartamento, acenou para as pessoas que se concentravam nas proximidades do prédio. Quatro quilos mais magra, usava uma camisa do Santos e um boné para esconder o cabelo, raspado pelos seqüestradores. A Polícia já identificou pelo menos nove suspeitos de participação no seqüestro e deve divulgar na próxima semana o retrato falado dos criminosos, após Marina prestar depoimento.

A volta de Robinho à equipe acontece seis rodadas depois de uma das principais atuações do atleta nesta temporada. Na própria São José do Rio Preto e também contra uma equipe carioca, o Fluminense, em outubro, o atacante deu um show e o Peixe goleou por 5 a 0. O camisa sete santista marcou dois gols, fez toda a jogada de um outro, driblou, deu suas pedaladas e levou a torcida local ao delírio. Saiu no segundo tempo aplaudido de pé por mais de 20 mil torcedores.

Sexta, antes de viajar para São José do Rio Preto, onde treinou com o restante da equipe no estádio Benedito Teixeira, Robinho deu uma entrevista coletiva em Santos e falou sobre o reencontro com a mãe. "Ela chorou, me abraçou, me beijou, perguntou como eu estava. Também pude abraçá-la e abraçar a mãe é tudo o que um filho quer na vida. Não existe nada melhor do que ver minha mãe com saúde e dando risada para mim".

O jogador também revelou o drama que viveu durante os dias em que Marina esteve no cativeiro. "Você vai almoçar e não sabe se a mãe está almoçando, se está jantando. Não conseguia dormir, não dava mesmo porque ficava o tempo todo pensando nela, que é a pessoa que mais amo nessa vida", disse.

O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, que também participou da coletiva, voltou a afirmar que o jogador não está à venda. "Como presidente, posso assegurar que o Robinho estará vestindo a camisa do Santos em 2005", afirmou.




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