Fala do presidente da sigla em Mauá, José Carlos Orosco Júnior, rebate discurso da líder da bancada na Câmara, que negou ser contrária ao Paço
O presidente do PMDB de Mauá, José Carlos Orosco Júnior, disse que vai reeditar resolução partidária para orientar que a bancada peemedebista exerça oposição ao governo do prefeito Donisete Braga (PT). A declaração cai como resposta ao discurso da líder da sigla na Câmara, Sandra Regina Vieira, que refutou contrariedade da legenda ao Executivo mauaense, durante a sessão ordinária de terça-feira.
“O PMDB solta uma resolução dizendo que é oposição, mas não tenho como ordenar o vereador a votar assim ou assado. Não tem respaldo estatutário. O que vou fazer em relação a essa dúvida é editar uma nova resolução com termos mais claros. Quem não obedecer poderá ficar sem legenda para tentar reeleição”, considerou o mandatário. Na última sessão, que marcou a saída do principal oposicionista da Câmara, Manoel Lopes (DEM), que teve o diploma cassado por abuso de influência do cargo, Sandra fez discurso ressaltando não fazer oposição e votar apenas por projetos que sejam favoráveis ao desenvolvimento da cidade.
O PMDB foi o principal adversário de Donisete na eleição de 2012, quando rivalizaram a disputa em segundo turno. A candidata da sigla foi a deputada estadual Vanessa Damo, que mantém atuação como oposicionista na cidade. “Não tem nenhum tipo de acordo político, relação ou discussão do PT conosco, como ficam propagando pela cidade. Com a saída do Manoel, o PMDB deve assumir protagonismo na oposição”, explicou.
“A postura é importante para fiscalizar e cobrar o Executivo, quando não se tem oposição as coisas passam despercebidas e o prefeito pode se complicar. Quem fica em cima do muro deixa de contribuir com a sociedade”, adicionou o dirigente.
O grupo peemedebista no Legislativo era composto por Sandra e Jair da Farmácia, mas ganhou nova integrante na segunda-feira com a entrada de Wanessa Bomfim na vaga de Manoel. A ampliação que tornou a bancada a segunda maior da Casa, atrás apenas do PT, com cinco cadeiras, no entanto, não agradou Orosco. “É uma injustiça grande com o Manoel, ele é que teve votos para ser vereador. Mas ainda acredito que ele vai reverter essa decisão. Trouxemos a Wanessa para o partido em 2012, mas ela tinha uma amizade antiga com o Donisete e optou por apoiar ele. A partir desse fato não há relação nenhuma com ela”, explicou o mandatário.
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