Criada de forma despretensiosa há 26 anos, como atividade para gerar ganho extra a um grupo de amigos nos fins de semana, a Serve Festa, de São Caetano, se profissionalizou, cresceu, se consolidou no Grande ABC e, agora, prepara-se dar um passo para acelerar seu ritmo de expansão. A empresa planeja se tornar rede de franquias a partir do segundo semestre.

Segundo um dos sócios, Jorge Jimenez Tapia, o objetivo é atrair interessados em trabalhar com a marca que estejam em cidades situadas a mais de 300 km dentro do Estado de São Paulo e oferecer os produtos (seu forte são espetos de churrasco, mas também têm serviços completos para eventos, incluindo refeições, salgados, bolos e outros itens) e ainda equipamentos e suporte técnico e gerencial, para a implementação das unidades.

O executivo explica que o sistema, com a definição dos royalties (percentual do faturamento mensal do franqueado) e da taxa de instalação, ainda está em formatação. "Fizemos reuniões na ABF (Associação Brasileira de Franchising), cursos e estudos sobre o assunto", afirmou.

Tapia acrescenta que a Serve Festa já vem recebendo pedidos de empreendedores desejosos de abrir uma franquia há alguns meses. "Estamos segurando, para dar um passo bem dado", assinala.

PARCERIAS - Dentro do raio de 300 km, a companhia segue fazendo parcerias, em que passa o know how e os produtos a preços competitivos, e o revendedor (que tem de ter exclusividade) administra o estabelecimento da forma como achar melhor e sem pagar royalties.

Atua dessa forma há 15 anos, associando-se a empreendedores e vendendo a estes sua ampla gama de produtos. Atualmente tem 35 parcerias na Grande São Paulo, Baixada Santista e Interior de São Paulo.

Além disso, a Serve Festa trabalha diretamente com a organização de festas (desde churrascos, cafés-da-manhã até confraternizações) para empresas. Conta hoje com 2.500 clientes ativos. Desde que foi criada, já fez mais de 23 mil eventos, com o atendimento a 4 milhões de pessoas.

As parcerias correspondem entre 17% e 20% do faturamento, enquanto as festas para corporações representam 60% das vendas. O restante é comercializado nas lojas próprias, em São Caetano e em Santos (onde tem filial).

PERSPECTIVA - Tapia calcula que será possível crescer neste ano cerca de 25% em vendas. A forte demanda no início do ano justifica o otimismo. "Na semana de Carnaval fizemos 14 festas, normalmente fazíamos duas", cita. Nessa época a procura habitualmente cai, já que muitas pessoas viajam.