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Companhia aérea perde cadela antes de embarque em avião

A vira-lata Mel estava de mudança de Santo André para Salvador; segundo família, TAM chegou a oferecer outro cachorro no lugar

Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
04/02/2015 | 07:07
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Reprodução/Denis Maciel


A estudante de administração de Santo André Amanda dos Santos, 17 anos, está desde o dia 18 de janeiro sem informações sobre a sua cadela. A vira-lata Mel deveria ter embarcado no Aeroporto de Guarulhos em um avião da TAM Linhas Aéreas rumo a Salvador, porém, a cachorra foi perdida pela empresa antes mesmo de chegar ao avião.

A cadela estava com a avó de Amanda, Francisca Salustiana dos Santos, 68. Após o pagamento de taxa de R$ 354, além da realização de procedimentos de vacinas e consultas veterinárias, Mel foi despachada junto com a caixa própria para o transporte, com peso total de 12 quilos.

Quando estava na sala de embarque, Francisca foi avisada de que a cachorra tinha fugido. Os funcionários da TAM disseram à idosa que a encontrariam e mandariam diretamente para sua casa em Salvador. Desde então, a família não tem mais nenhuma informação sobre Mel.

Amanda, que é moradora do Parque Novo Oratório, entrou em contato com a companhia aérea todos os dias desde então. Ela conta que, no início, não queriam se responsabilizar pelo sumiço da cachorra. Ela também procurou ONGs (Organizações Não-Governamentais) de apoio aos animais e registrou boletim de ocorrência na delegacia do aeroporto.

Segundo a jovem, a TAM fez contato duas vezes via telefone, sendo que na última ligação, chegou a oferecer outro cachorro para a família. “Na quarta-feira passada eles ligaram e disseram que iam ressarcir todos os nossos gastos. Além disso, falaram que iam me dar um cachorro, que eu poderia escolher qualquer um. Eles ainda ligaram para a minha mãe e repetiram a oferta”, disse ela.

Conforme a proprietária de Mel explicou, a família se mudou para um apartamento em junho e a cachorrinha não se adaptou ao espaço menor. A solução encontrada foi mandá-la para a Bahia, onde a avó tem um sítio. “Ela estava muito nervosa e ficava se jogando contra a parede, se debatendo. Chegamos a deixá-la com parentes aqui, mas não deu certo porque ela ficava o dia inteiro sozinha. Já foi uma dor enorme para mim ficar sem ela, imagina agora que não sei onde ela está.”

Mel tem 7 anos e está com a família desde o início da vida. Segundo a estudante, ela não é agressiva. “Para mim o que importa não é dinheiro nenhum, mas sim ter ela de volta. Não estou preocupada com o valor que perdi, só com a vida da minha cachorra”, afirmou.

A equipe do Diário questionou a TAM Linhas Aéreas sobre o caso, que respondeu, por meio de nota, que se sensibiliza pelo ocorrido e que empreende todos os esforços para localizar a cachorra Mel, a fim de devolvê-la a sua dona.

A empresa também afirmou que está em contato com a cliente para prestar esclarecimentos sobre o caso.Em relação a ter oferecido outro cachorro para a família, a companhia negou que isso tivesse acontecido.

A TAM reforçou que “pratica controles rígidos para aceitação e transporte de animais a bordo e preza pela integridade física, saúde e segurança ao transportá-los em seus voos.” Mensalmente, a companhia transporta 4.000 animais em suas aeronaves, conforme a nota.

Amanda disse que a família irá procurar um advogado para entrar com ação contra a companhia. “Não estamos conseguindo nenhuma informação por enquanto e não vemos outra forma para resolver isso.” 




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