O antigo Mercado Central, localizado em frente ao Paço de São Bernardo, só voltará a ser demolido em abril. De acordo com a Prefeitura, a empresa que vencer a licitação para construir o Museu do Trabalho e do Trabalhador ficará responsável por colocar o prédio abaixo. Ontem, o prefeito Luiz Marinho apresentou o projeto arquitetônico do museu, três meses depois do previsto. A licitação será lançada em dezembro e as obras estão orçadas em R$ 18 milhões.

A área do antigo Mercado Municipal, desativada desde 2004, começou a ser demolida em 22 de junho. Até agora, somente os boxes que serviam aos comerciantes foram destruídos. O local era usado como abrigo por moradores de rua, usuários de drogas e também abrigava prostituição.

O prefeito afirmou que, após a demolição parcial da estrutura, não tem notícia de que o prédio continue recebendo o antigo público. “Que eu saiba, não. ”

As obras devem durar um ano e vão custar R$ 18 milhões, sendo de R$ 14,4 milhões a verba do Ministério da Cultura e R$ 3,6 milhões, a contrapartida municipal.

As sedes do Rotativo Cidadão, Conselho Tutelar e Cooperativa de Consumo, alocadas no espaço onde o empreendimento será estabelecido, serão transferidas – mas o prefeito não soube informar para onde. “Isso não é importante, o importante é a obra”, disse, nervoso.

O CONCEITO

Parte do Plano de Valorização do Centro de São Bernardo, o Museu do Trabalho e do Trabalhador será construído ao lado do Parque da Juventude Città Di Marostica. “A ideia é que o museu seja uma luz acesa na zona central da cidade”, explicou o arquiteto Marcelo Ferraz. “O prédio do museu será um elemento de transformação urbanística.”

O equipamento terá três andares e espaço para exposições multimídia temporárias, além de mostra permanente, que contará as várias fases da história do trabalho em São Bernardo, como, por exemplo, a linha de montagem. Haverá ainda jardim com ferramentas em desuso de grande escala. O novo museu também contará com espaços de convivência e pesquisa de referência sobre o mundo do trabalho; loja para venda de souvenires e auditório para 200 pessoas com acesso independente, entre outros.

De acordo com o secretário de Cultura, Leopoldo Nunes, o museu deverá mostrar como o trabalho influencia no desenvolvimento da cidade. O prefeito concordou. “O objetivo é que o espaço seja de reconhecimento nacional e internacional, dada a identidade que esta região tem com o universo do trabalho.”