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Ex-prefeito de Diadema se acorrenta em protesto no Planalto
Do Diário OnLine
05/02/2004 | 19:11
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O ex-prefeito de Diadema Gilson Menezes (PL) realizou nesta quinta-feira um protesto no mínimo inusitado. Ele burlou a segurança e se acorrentou a uma cadeira no hall do Palácio do Planalto para pedir agilidade no pagamento da indenização que deve receber por ter sido vítima de perseguição política durante a ditadura militar. Ele fez parte da diretoria do Sindicato dos Metarlúrgicos de Diadema e São Bernardo ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva.

O político, que já foi militante do Partido dos Trabalhadores (PT), passou com a corrente pelo detector de metais do Congresso, que não disparou. O ministro do Planejamento, Guido Mantega, informou que não é pelo fato de Gilson ser amigo do presidente Lula que ele terá direito a "furar a fila" das pessoas que esperam pelo benefício. No entanto, o ministro admitiu que Menezes já recebe uma indenização mensal de R$ 3,5 mil, faltando apenas receber o retroativo.

"O sr. Gilson Menezes já está recebendo uma anistia de R$ 3,5", afirmou Mantega. "O que ele quer é que a gente atravesse uma regra, só porque ele é amigo do presidente. Não vamos furar fila. Os amigos do presidente têm os mesmos direitos que qualquer cidadão comum."

Nota - No fim da tarde desta quinta, o governo federal divulgou uma nota explicando o ocorrido. Confira o texto na íntegra:

A propósito de incidente ocorrido no saguão do Palácio do Planalto, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSIPR) informa o que se segue.

Por volta das 11 horas da manhã de hoje, um cidadão, que se identificou como sendo Gilson Luiz Corrêa de Menezes, adentrou no saguão do Palácio do Planalto, a pretexto de falar com o Chefe de Gabinete do Senhor Presidente da República. Após ser normalmente identificado, permaneceu aguardando no saguão do Palácio do Planalto o contato com a referida autoridade.

Nesse ínterim, dirigiu-se ao Comitê de Imprensa ali existente, de onde já saiu acorrentado a uma cadeira, conversando com alguns jornalistas.

Sob a justificativa de estar fazendo um protesto, por não ter, segundo o nominado, recebido valores que lhe seriam devidos pela União, proferiu palavras de ordem.

Por se dizer hipertenso e estar visivelmente agitado, foi julgado conveniente encaminhá-lo ao Serviço Médico da Presidência da República, onde recebeu o adequado atendimento médico.

O GSIPR realizará procedimentos administrativos para averiguar o fato.

Atenciosamente,

Assessoria de Comunicação Social do GSI/PR

Brasília, DF, 05 de fevereiro de 2004.




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