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Garotinho comemora morte de criminosos em programa
15/11/2003 | 20:45
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  O secretário de Segurança Pública do Rio, Anthony Garotinho, comemorou neste sábado a morte de criminosos em confronto com a polícia, durante seu programa de rádio. Ele comparou os dados dos chamados autos de resistência de outubro de 2002, quando a governadora era a atual ministra de Assistência Social, Benedita da Silva, e em outubro de 2003: foram 73 no ano passado contra 132 este ano.

“O que posso fazer? Eu não quero que ninguém morra, mas entre morrer policial ou cidadão de bem e um criminoso que está armado, o que a gente vai fazer? Tem de enfrentar!”, disse Garotinho.

O chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, que participou do programa, afirmou que “o bandido escolhe seu destino”. Garotinho emendou: “o desejo do meu coração é que haja paz. Mas, enquanto houver gente pelo caminho do mal, a polícia tem de agir para dar paz às outras pessoas.”

Lins citou a prisão de dois traficantes do morro de São Carlos, na noite de sexta-feira, que não resistiram à prisão e, por isso, não foram mortos. Ele se referia a André da Silva Fonseca, o Marcha Lenta, e Rodrigo Correia Morais, o Travesso, que são da quadrilha de Irapuan David Gomes, o Gangan – por sua vez, homem-forte de Paulo César da Silva Santos, o Linho, criminoso mais procurado do Estado. Os dois traficantes, considerados extremamente violentos, estavam com um fuzil, quatro pistolas e uma granada.

Segundo a polícia, Marcha Lenta era responsável pela maconha distribuída no morro e também comandou ataques a traficantes rivais, em outubro último. De acordo com o comandante da Operação Atlas, delegado Allan Turnovski, a prisão do traficante desarticulou a facção, pois ele era o segundo homem em importância na hierarquia do tráfico do Terceiro Comando.

Com os presos, a polícia apreendeu um fuzil russo AK-47, três pistolas de fibra de carbono da marca Glock, uma Bereta calibre 45, uma granada, dez carregadores de fuzil Sig Sauer, além de uniformes camuflados do Exército.

Segundo Garotinho, eles teriam organizado a festa de aniversário de Gangan, para a qual ia um grupo de jovens do município de Macaé, no Norte Fluminense, há duas semanas. Seis deles foram assassinados com tiros de fuzil por traficantes rivais, por terem entrado, por engano, no Morro do Zinco, e não no São Carlos. O grupo teria envolvimento com drogas.

Anthony Garotinho fez um balanço da operação Pressão Máxima, de combate ao tráfico, iniciada há 12 dias. Até sexta-feira, 151 pessoas haviam sido presas, 90 armas (55 revólveres, 18 pistolas, seis fuzis e 11 escopetas) e 20 granadas, recuperadas, e 21 quilos de cocaína e 400 de maconha, apreendidos.




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