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Chácara Silvestre continua sem solução
Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
16/07/2009 | 07:46
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Andréa Iseki/DGABC


Passado o primeiro semestre do ano, a Prefeitura de São Bernardo ainda não anunciou se realmente transformará a Chácara Silvestre em um Centro de Estudos da Cultura Popular, conforme foi divulgado pelo secretário especial de Ações voltadas à Comunidade, Celso Frateschi, há dois meses.

A área é motivo de controvérsia desde a gestão passada, quando o então prefeito William Dib (PSB) anunciou que seria construída uma escola ambiental. Mas, para que tal projeto fosse executado, cerca de 300 árvores seriam derrubadas no terreno cujo casarão é tombado pelo Compahc (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural).

A iniciativa movimentou opiniões contrárias do Ministério Público e da ONG SOS Chácara Silvestre, que tinha na época como presidente Paulismar Duarte, atualmente funcionário da Secretaria de Cultura na gestão do prefeito Luiz Marinho (PT).

Na semana passada, a promotora do Meio Ambiente de São Bernardo, Rosângela Staurenghi, fez uma nova manifestão à juíza Maria Laura de Assis Moura, certificando o posicionamento contrário à remoção de árvores e à implantação de uma escola ambiental, conforme havia sido proposto pela administração passada.

"O casarão foi tombado pelo patrimônio público, e as áreas verdes estão destinadas a ser pulmões na cidade. É incompátivel a construção de edificações no local", disse Rosângela.

A promotora lembrou que ainda deve ser discutido e definido sobre o tombamento da área verde. "A juíza fará uma nova avaliação e poderá determinar a realização de provas, como a contratação de um arquiteto para fazer uma verificação do prédio."

A atual presidente da SOS Chácara Silvestre, Valquíria Del Santi, disse que se reuniu com o secretário Celso Fratesqui na semana passada, e ele disse que a Prefeitura não tem nenhuma formatação de projeto para o local, apenas estudos. No entanto, garantiu que não pretendem derrubar árvores. "Gostaríamos que o local fosse destinado para o lazer, com pista de cooper e outras atividades", disse Valquíria.

Manutenção - Enquanto não é definido o rumo da Chácara, funcionários da Prefeitura fazem manutenções superficiais de limpeza do prédio e capinagem.

O não funcionamento da estrutura tem causado transtornos à vizinhança. Cobras e aranhas tem ultrapassado a chácara e invadido as casas ao lado. "Para nós, a chácara está abandonada. Cobras já apareceram na casa de vários vizinhos", disse a dona de casa Marta Coelho.




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