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Deste 'quartel', PM não quer sair mais
Do Diário do Grande ABC
08/04/2010 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Do interior de São Paulo para a Capital e de lá para Santo André. Este foi o trajeto percorrido pelo major Edson Gaspar, 45 anos, sub-comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo patrulhamento de boa parte da cidade andreense.

Nascido em Descalvado, região de Ribeirão Preto, Gaspar mudou-se para a Capital quando terminou a Academia do Barro Branco, onde formou-se oficial da corporação. A rotina era da residência, no Tatuapé, na Zona Leste, para o Campo de Marte, na Zona Norte, onde trabalhava como piloto de helicóptero da PM. Em 2004, houve reformulação e o major foi transferido para Santo André. Na opinião dele e da família - mulher e três filhas -, foi o melhor que poderia ter acontecido. "No começo, achei que iria estranhar. Mas, depois percebi que em São Paulo me sentia apenas mais um. Aqui, não, a cidade me acolheu. As pessoas me conhecem, conversam comigo e com minha família quando vamos à padaria, açougue. É diferente, avalia o oficial.

O subcomandante classifica Santo André como "a cidade que tem a receptividade e o calor humano comuns do Interior, mas com a estrutura de um município que, além de tudo, fica perto da Capital."

Gaspar conta que teve outras oportunidades para ser transferido, mas não aceitou deixar Santo André. "Minha mãe fala para eu ir embora para o Interior. Mas, se eu disser que vou sair de Santo André, apanho em casa", brinca o oficial.

Por coincidência, o major fez aniversário terça-feira, dois dias antes da cidade que escolheu para viver com a família. "Gosto de morar aqui e de trabalhar aqui. Me sinto útil e tenho muitos amigos."

A maior parte dos locais preferidos do policial militar, da mulher e das filhas está no Bairro Jardim. São os barzinhos da Rua das Figueiras, e um restaurante onde se reúne com os amigos do Rotary Club. Além destes, shoppings e clubes também estão inseridos no cotidiano da família Gaspar. "Gosto muito de estar com a minhas filhas, minha mulher e meus amigos em Santo André."

Quando o assunto é segurança pública, Gaspar - que também é coordenador do curso de Aviação Civil de uma universidade da Capital - chama a atenção para um fato: quando foi transferido para Santo André, segundo ele, "os índices de furtos e roubos de veículos e ocorrências com morte de civis eram maiores e agora tivemos redução", comemora.

Ainda de acordo com o comandante do 10º Batalhão, "o grande desafio é aliar tecnologia e inteligência policial para se antecipar aos crimes e, assim, evitá-los."




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