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Negociações entre Petrobras e Bolívia 'avançam', diz Gabrielli
Da Agência Brasil
18/04/2007 | 23:24
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O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, afirmou nesta quarta-feira que a negociação com o governo boliviano "anda avançando entre as nossas equipes técnicas e as equipes técnicas da YPFB [estatal boliviana]". Com a afirmação, Gabrielli negou que haja impasse nas negociações em torno da nacionalização das refinarias da empresa pelo governo boliviano, como afirmou reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

Gabrielli lembrou que o decreto editado em maio de 2006 pelo presidente boliviano Evo Morales previa a nacionalização do controle acionário das refinarias da Bolívia - o que, pela Constituição boliviana pressupõe uma indenização "prévia e justa". Tal indenização, porém, depende da avaliação do valor econômico das refinarias.

"Se não houver indenização justa e prévia, vamos usar todos os mecanismos para defender nossos pontos de vista", afirmou. "A Constituição boliviana diz isso, o investimento é feito através de nossa subsidiária na Holanda, temos mecanismos".

Segundo Gabrielli, a Petrobras não descarta novos investimentos na Bolívia. Segundo ele, tramitam naquele país contratos assinados em 24 de outubro de 2006 que permitirão a análise de risco de investimentos. "Esses contratos dão a base objetiva que permite novos investimentos", afirmou. "Na medida em que os contratos se efetivam, na medida em que as condições regulatórias são adequadas, na medida em que não há surpresas, na medida em que as condições de negociação são estabelecidas, vamos analisar caso a caso os investimentos", afirmou.

Gabrielli esclareceu que a Petrobras atua na exploração e na produção de gás na Bolívia. Da produção, o gás é entregue à YPSB (empresa nacional boliviana), que vende para a Petrobras Brasil por meio do chamado GSA - contrato de venda de gás da Bolívia para o Brasil que tem validade até 2019. "O contrato de produção na Bolívia foi questionado, mas o contrato de venda de gás em nenhum momento sofreu questão alguma do ponto de vista da Bolívia nem de nossa parte, só a discussão de preço que é perfeitamente regulada dentro do próprio contrato", ressaltou.



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