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Sto.André inicia nesta segunda-feira o 'Paz nas Escolas'
Christiano Carvalho
Do Diário do Grande ABC
14/04/2002 | 18:06
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Guardas municipais e representantes da sociedade civil escolares de Santo André começam nesta segunda-feira um curso de capacitação com temas diversos – de drogas aos direitos da criança e do adolescente. Trata-se do projeto Paz nas Escolas, com lançamento às 8h, no Tiro de Guerra. O objetivo é criar agentes multiplicadores de conhecimento para atuar junto à comunidade escolar.

O projeto é financiado pelo governo federal, por meio do Ministério da Justiça, e gerenciado pelo Crami (Centro Regional de Atenção aos Maus-Tratos na Infância), de Santo André, em parceria com a Prefeitura da cidade. Todo o efetivo da Guarda Municipal (409 homens) e cerca de 80 conselheiros escolares e diretores de escolas municipais e estaduais participam da iniciativa. Eles serão divididos em 12 turmas com 40 alunos. O curso terá 20 horas de aulas e deve acabar em julho.

Os temas são os seguintes: Família e Violência Doméstica; DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), Aids e Drogas; Direitos Humanos e Criminalidade; ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente); e Inclusão x Exclusão – Os Desafios da Educação. Os guardas e conselheiros depois farão palestras a alunos e comunidade de seus bairros com os temas discutidos.

“Queremos colocar a criança como sujeito de direitos e não como um objeto que pode ser agredido. Quanto às drogas e à Aids, o curso vai explicar como abordar isso sem discriminação. Também vamos falar das drogas lícitas, como a bebida”, disse o coordenador do Crami, Marcelo Moreira Neumann. Em 2001, o Crami capacitou 453 professores das redes estadual e municipal de Santo André no programa Violência: Sinal de Alerta.

Segundo o comandante da Guarda Municipal, capitão Gilberto Prescinotti, a corporação poderá orientar a comunidade sobre esses assuntos no dia-a-dia de suas atividades, que não se restringem apenas às rondas escolares. “Eles podem informar qual órgão a pessoa deve procurar em caso de violência doméstica, por exemplo”, disse.

Meta – Uma das metas do projeto Paz nas Escolas é ajudar a combater a violência no ambiente escolar por meio da conscientização dos estudantes e moradores. A Emeief Luiz Gonzaga, que funciona em conjunto com o Centro Comunitário do Parque Erasmo Assunção, vai participar do curso. No ano passado, a escola foi alvo de vandalismo. “Queremos fazer um trabalho integrado com os alunos e todos os usuários do centro”, disse Ângela Maria de Lima, diretora da unidade, que atende a crianças de 6 a 11 anos e, à noite, adultos do supletivo.

O projeto também chamou a atenção dos conselheiros escolas. Mãe de um aluno da creche República Italiana, no Jardim Santo Alberto, a auxiliar de enfermagem Isabel dos Santos Azevedo, 22 anos, matriculou-se para a primeira turma do curso. “Estarei mais informada e poderei orientar a comunidade e ajudar a resolver diferentes problemas”, disse ela, que também participa de um grupo de estudo organizado pelo conselho da creche e se interessou em poder aprofundar seus conhecimentos sobre o ECA.




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