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Santos não quer se privar da Vila
Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
15/03/2007 | 22:04
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O Santos promete lutar até o fim para não se privar de mandar os clássicos na Vila Belmiro. De olho nas finais do Campeonato Paulista, a diretoria do Peixe marcou para esta manhã, às 11h, uma reunião com representantes da Polícia Militar e do Ministério Público pensando no jogo contra o Corinthians, marcado para o dia 28, na Baixada. O objetivo é evitar incidentes – como os que ocorreram na partida com o São Paulo – e mostrar para todos, inclusive à FPF (Federação Paulista de Futebol), que o estádio pode sediar os jogos finais do Estadual, apesar das contestações vindas de todos os lados – rivais, imprensa e MP.

Dias depois de ter seu estádio vetado para as finais, o Santos recebeu quinta-feira o aval da Federação, que confirmou o clássico com o Timão na Vila Belmiro. Para receber os corintianos, o estádio passará por algumas mudanças em suas estruturas. A PM sugeriu ao clube santista que retirasse os vasos sanitários dos banheiros das arquibancadas, que podem servir como armas em conflitos de torcidas – como foi visto no jogo com o São Paulo –, trocando-os por sanitários semelhantes aos existentes em rodoviárias – no chão. Na briga, foram arrancadas 16 peças dos banheiros, causando prejuízos ao clube e, principalmente, perigo aos torcedores.

De maneira precipitada, a diretoria do Santos responsabilizou a PM pelo entrevero entre torcidas, acusando o policiamento de ter colocado os torcedores do São Paulo em local errado na Vila e de não ter contido o tumulto de maneira eficaz em razão da precariedade de seus equipamentos, como a falta de bateria para os rádios comunicadores.

A crítica alvinegra foi repudiada pelo chefe de segurança do clássico, o tenente-coronel Del Bel, que, entretanto, afirma ter aceitado os pedidos de desculpas por parte da diretoria do Santos pelos comentários.

“Respeito o diretor jurídico Mário Mello (do Santos), mas ficamos bastante aborrecidos com o que ele disse em entrevista à imprensa, culpando a PM pelo incidente. Eu presumo que ele tenha agido como advogado no sentido de defender sua agremiação, transferindo a culpa para a PM. Isso a gente não aceita. Mas o presidente Marcelo Teixeira e o próprio Mário Mello pediram desculpas e acabamos entendendo o lado deles”, destacou o tenente.

Punição? - Em virtude das confusões do jogo do último domingo Santos e São Paulo podem ser penalizados. O dono da casa, por não impedir o lançamento de objeto no campo ou no local da disputa do jogo, como manda o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). A pena para a equipe praiana pode ser a perda de até três mandos de jogo e também uma multa que pode chegar a R$ 500 mil.

O São Paulo pode sofrer a mesma punição pela invasão de sua torcida na entidade adversária. O Tricolor corre ainda o risco de ter de pagar R$ 5 mil por cada minuto que a equipe atrasou para entrar em campo. (Com agências)



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