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PSDB próximo de perder vereador Lauro Michels
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
11/01/2011 | 07:00
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O caminho a ser trilhado pela oposição e pelo PSDB em Diadema está perto de ser definido. Com a proximidade das eleições do ano que vem e a necessidade dos partidos em definir e costurar seus rumos e alianças para o pleito, o vereador tucano Lauro Michels deverá buscar outro partido que lhe ofereça condições de disputar a Prefeitura.

A direção da legenda está nas mãos do deputado estadual não eleito José Augusto da Silva Ramos, autointitulado pré-candidato à Prefeitura, mesmo após ter disputado cinco vezes o cargo e ter saído derrotado em todas as ocasiões. Segundo bastidores, mesmo que ele não seja o postulante, a única hipótese é a ex-vereadora e sua mulher Maridite Cristóvão ser candidata ao invés do deputado.

A cartada final de Michels será dada se o tucano tiver apoio do deputado federal Silvio Torres (PSDB), que acumula cargos de chefe estadual da Habitação e da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) e do próprio governador Geraldo Alckmin. Com o apoio de duas fortes lideranças tucanas, Michels espera amolecer Zé Augusto. Se a empreitada não der certo, o vereador vai mesmo buscar espaço em outro partido.

"Estou me movimentando, fazendo reuniões com partidos e suplentes. Se não tiver espaço, procuro lugar mais aberto", explicou Michels. Oficialmente nenhum partido está na mira do vereador, mas nos bastidores ventila-se que dois caminhos prováveis são PMDB e PTB, ambos na base do prefeito Mário Reali (PT). Fato é que o tucano já reuniu grupo político que o seguirá caso a troca de legenda ocorra. Seguidas vezes, o tucano garantiu que não seria candidato a vereador novamente e que fará de tudo para conquistar espaço e ser postulante à Prefeitura.

Os dois pré-candidatos a prefeito nunca se bicaram no ninho tucano de Diadema. Depois da derrota de Zé Augusto na reeleição para deputado, Michels e o vereador Márcio Giudicio, o Márcio da Farmácia (PSDB) levaram o crédito do fracasso eleitoral. Ambos apoiaram o deputado estadual reeleito Orlando Morando (PSDB-São Bernardo) em Diadema. Zé Augusto chegou a afirmar que com o apoio dos parlamentares teria vencido a batalha eleitoral.

Desde então, o partido não se reuniu para juntar os cacos e tanto Michels, quanto Zé Augusto, passaram a tecer críticas duras entre si.

A tarefa da oposição agora é quebrar a hegemonia de dez anos consecutivos do PT na direção da Prefeitura. Reali venceu Zé Augusto em 2008 no primeiro turno e a presidente Dilma Rousseff levou a disputa no primeiro e no segundo turno das eleições presidenciais em Diadema. (GP)




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