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Grupo mata dois e fere um em bar de Sto.André
Sucena Shkrada Resk
Do Diário do Grande ABC
28/03/2004 | 19:27
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Um duplo homicídio marcou o Jardim Irene IV, em Santo André, na noite de sábado. O ajudante de pedreiro Anderson Alberto de Oliveira Rosa, 18 anos, e o vendedor ambulante Raimundo Nonato Oliveira Lima, 44 anos, foram mortos com vários tiros disparados por um grupo que invadiu um bar na travessa Amazonas, na altura da estrada dos Vianas, 39, pouco depois das 19h de sábado. Não se sabe o número de atiradores. Uma terceira vítima, o padeiro Edmundo Batista dos Santos, 56 anos, encontrava-se em estado grave no setor de emergência do CHM (Centro Hospitalar Municipal) até o final da tarde de domingo.

O velório e o enterro dos dois assassinados aconteceu domingo no Cemitério Curuçá e atraiu vizinhos e amigos, chocados com o crime.

De acordo com a mulher de Anderson, Eliete Alves de Oliveira, 21 anos, até agora não se sabe o motivo do tiroteio. “Meu marido estava tomando Tubaína (refrigerante) no bar. Tinha acabado de ajudar o meu pai num serviço de pedreiro. Não tinha inimizade com ninguém. Ele estava no lugar errado, na hora errada. Quem conseguiu correr quando o bando invadiu (o bar) se salvou”, disse no velório.

Eliete contou que estava a poucos metros de distância do local dos tiros, na casa de parentes, quando ouviu um barulho que pareciam bombinhas. “Daí nossos vizinhos vieram me falar do tiroteio. Anderson levou três tiros no tórax, e Raimundo, que era parente de meu pai, um na cabeça e outro no coração. Ele estava passando na frente do bar, quando os bandidos atacaram. Até agora estamos com medo”, disse.

A prima de Raimundo, Erislândia Lima, 25 anos, também afirmou que saber a razão de tanta violência. “Ele era um homem tranqüilo. Tinha vindo de Boa Viagem, no Ceará, para a região em 1999, e desde essa época, vivia sozinho e vendia roupas e alho. Só tinha o vício por café e conversar.”

Uma dona de casa que estava em uma casa próxima ao bar na hora dos tiros e pediu para não ser identificada contou o que ouviu: “Parecia que estavam soltando fogos de artifícios. Todo mundo ficou apavorado. Precisamos de mais policiamento por aqui. Ficamos muito isolados. Só aparece uma viatura quando alguém morre”, disse a mulher.

O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Santo André e a investigação dos assassinatos serão feita pelo Setor de Homicídios da Delegacia Seccional.




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