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Zelador diminui vandalismo na escola
Raymundo de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
03/08/2002 | 18:34
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Depois de ocupar a função de uma espécie de bedel que ajudava a controlar a disciplina de alunos nas escolas públicas, a figura do zelador, atualmente, passou a ser considerada estratégica pelo governo estadual para tentar diminuir a violência dentro e fora das escolas. No Grande ABC, 314 das 367 escolas estaduais estão com as zeladorias ocupadas e, na maior parte delas, os zeladores moram em casas dentro dos estabelecimentos de ensino.

O secretário estadual da Educação, Gabriel Chalita, afirma que a nova função do zelador é tentar melhorar o relacionamento entre as comunidades onde estão instaladas as escolas para evitar depredações e invasões nos prédios escolares.

Para boa parte dos zeladores, funcionários públicos que desempenham funções nas escolas ou na Polícia Militar, o cargo representa uma economia de aluguel, já que não pagam para morar nas casas construídas dentro das escolas.

“O papel do zelador é bastante importante. Ele é uma figura que cuida do patrimônio e ao mesmo tempo facilita o acesso da população à escola”, disse Chalita. Segundo o secretário, algumas escolas preferem não ter zelador e as que querem manter este profissional vão poder escolher entre um policial militar ou um funcionário público que trabalhe no estabelecimento.

A determinação da Secretaria é que o zelador seja funcionário público da Educação ou da Polícia Militar. “Quem determina sobre o perfil do zelador é a direção da escola e a APM (Associação de Pais e Mestres)”, afirma Chalita.

Segundo o secretário, na maioria das escolas que mantém zeladorias há diminuição nas ocorrências de quebra de vidros e na deterioração dos prédios patrimônio.

Chalita afirma que antes do lançamento do plano de segurança para a escolas já havia 3.439 estabelecimentos no Estado que possuiam zeladores e depois do plano, lançado há três meses, foram implementadas outras 435 zeladorias.

Apeoesp – Para a coordenadora da Apeoesp (Sindicato dos Professores de Ensino Oficial do Estado de São Paulo) de Mauá, Osória Aparecida de Oliveira, a entidade é contra a ocupação de zeladorias por parte de policias militares. “Nós achamos que os zeladores devem ser pessoas que trabalhem na área da Educação e não na polícia”, afirma.

Osória disse que a Apeoesp também defende que a escolha dos zeladores seja feita pelo conselho de escola, que tem representantes dos professores, funcionários, estudantes e pais de alunos e não só pela direção das escolas e das APMs. “O conselho é mais democrático.”




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