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Prainha está poluída e
imprópria para banho
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
31/12/2010 | 07:50
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Com a chegada da estação mais quente do ano, muitos aproveitam a Prainha do Riacho Grande, em São Bernardo, para se refrescar. Para aqueles que não querem enfrentar o trânsito rumo ao Litoral, a Billings se torna alternativa para a diversão, e chega a receber 10 mil pessoas em um domingo de sol. No entanto, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estão de São Paulo) faz o alerta: as águas estão impróprias para banho desde o dia 12. O motivo: o esgoto despejado sem tratamento na represa.

Segundo análises da Cetesb, a área permaneceu em estado crítico durante doze semanas em 2010. Os riscos para a saúde vão desde problemas de pele até doenças como a salmonela, que pode matar.

O gerente da divisão de qualidade das águas e do solo da Cetesb, Nelson Menegon, explicou que o índice é elaborado com base na qualidade da água nas últimas cinco semanas. "Fazemos a coleta da amostra e verificamos se há excesso da bactéria E.coli, presente no intestino de animais de sangue quente, como o ser humano. Apesar de ser uma bactéria que não causa doenças, a presença dela indica que há alta concentração de outras que podem ser nocivas", destacou.

Outro fator que pode levar à classificação imprópria é a quantidade de algas na água. Na Prainha do Riacho, é possível ver a concentração em excesso dessas plantas.

A outra porção da Billings classificada como imprópria é a do Píer do Instituto de Engenharia, também em São Bernardo (veja quadro ao lado). "A medição da E.coli não ultrapassou o máximo permitido, mas a quantidade de algas faz com que o banho não seja indicado", alertou Menegon.

As duas prainhas do Parque Estoril (na entrada da área verde e perto do zoológico) foram consideradas próprias para banho, mas a equipe do Diário esteve no local e sentiu cheiro forte de esgoto vindo da água. As prainhas do Clube do Sindicato dos Metalúrgicos e próxima à entrada da Dersa, em São Bernardo, e a do Clube Tahiti, em Ribeirão Pires, também foram classificadas como adequadas. A do Parque Imigrantes não recebeu avaliação nesta semana devido à dificuldade de acesso.

DIVERSÃO
Apesar da indicação da Cetesb, a Prainha do Riacho Grande concentrava banhistas desde terça-feira, principalmente crianças e jovens. Os amigos Denílson Domingues de Andrade e Anderson Silva Sanches, ambos de 13 anos, nadavam vestindo apenas roupas de baixo. "Está muito calor e não dá vontade de sair da água", disse Anderson antes de dar um mergulho. O metalúrgico José André de Oliveira, 52, que acompanhava os meninos, percebeu que a qualidade da água não estava boa. "Antes era melhor, agora tem muita sujeira. Mesmo assim é diversão para a meninada."

 

 




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