Em uma semana a capela São José Operário, na Vila Capuava, em Mauá, foi alvo de 17 invasões e atos de vandalismo. A suspeita da comunidade é de que sejam as mesmas pessoas responsáveis pelas invasões.

A Prefeitura de Mauá foi questionada se oferece segurança para esse tipo de local e de que maneira, mas não manifestou nenhuma posição.

Segundo o padre Luiz Carlos Francisco, diversos danos foram causados na estrutura predial, além do furto de objetos como benzedouro, fiação, metais, entre outros. A igreja está sendo reformada - as obras começaram há três meses e já foram gastos R$ 15 mil.

"A capela tem 44 anos e nunca tinha passado por tal situação, que também já deixa os vizinhos com medo", conta o pároco. "Na terça-feira da semana passada, entraram durante o dia e levaram apenas um benzedouro, mas na madrugada de quarta-feira, o prejuízo causado foi maior. Não bastando, colocaram fogo nos objetos."

Para vizinhos e responsáveis pelos cuidados diários com a capela, áreas abandonas próximas a igreja estão ajudando como acampamento para criminosos.

"Moro aqui há mais de 40 anos e a comunidade sempre cuidou do local. Episódio como este nunca havia acontecido antes por aqui", diz a dona de casa Ana Maria Teixeira Soares.

Devido a sequência de furtos e atos de vandalismo, o padre registrou três boletins de ocorrência no 1º DP de Mauá, sendo que dois deles foram de complementação de informações - ou seja, atualização dos vandalismos. A polícia ainda não fez a perícia no local, que estava com armários abertos e objetos espalhados.

O delegado titular do 1º DP, José Marcos Monteiro, afirma que tomou ciência ontem das inúmeras invasões. "Já temos um suspeito e estamos tentando identificá-lo", alega Monteiro.

Os prejuízos causados pelos furtos serão ressarcidos pela própria comunidade. As missas na capela são realizadas aos domingos, às 9h.