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Ana Paula Arósio viverá mulher de Ciccillo Matarazzo
Gabriel Melo
Da TV Press
28/10/2003 | 18:58
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Ana Paula Arósio vive, literalmente, do passado. Desde que iniciou a carreira na TV, há quase dez anos, a atriz já participou de sete produções. Entre estas, apenas uma, a novela Razão de Viver, do SBT, em 1996, narrava uma história passada nos dias atuais. Todas as outras eram de época. Agora, ela está envolvida com o início das gravações de mais um trabalho desse gênero. Ana Paula é protagonista da minissérie Um Só Coração, de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, que se passa entre os anos de 1922 e 1954, com estréia prevista para janeiro de 2004. “Venho fazendo trabalhos de época, acredito eu, porque tenho uma aparência favorável”, afirma.

Em Um Só Coração, Ana Paula faz mais uma dessas viagens no tempo. A minissérie gira em torno da vida de seu personagem, Yolanda Penteado, e terá como pano de fundo os eventos culturais da cidade de São Paulo a partir da década de 1920. Permeada por este tema, a produção contará os dramas e romances da jovem, pertencente a uma família de alta sociedade. Sua grande paixão foi Martim, um estudante de Medicina, simpatizante do movimento anarquista, vivido por Erik Marmo. Com a família contrária ao romance, ela casou-se, então, com o primo Fernão, interpretado por Herson Capri. Após uma traição do marido, Yolanda decide pelo desquite, escandalizando a sociedade. Por fim, torna-se esposa do industrial Ciccillo Matarazzo, personagem de Édson Celulari, fundador da Bienal de Arte de São Paulo. “O que eu mais gosto na Yolanda é sua alegria de viver”, afirma. “É uma honra mostrar a vida de alguém que deixou tanta coisa para São Paulo”, diz a atriz, lembrando que Yolanda teve papel fundamental na vinda de grandes artistas europeus para os eventos culturais da capital paulistana.

Paralelamente à trajetória de Yolanda, Um Só Coração trará um pouco da vida e da obra de representantes do Modernismo, como a pintora Tarsila do Amaral e os escritores Oswald de Andrade e Mário de Andrade, interpretados, respectivamente, por Eliane Giardini, José Rubens Chachá e Pascoal da Conceição. “Minha expectativa é a de que as pessoas assistam a esse trabalho e ajudem a popularizar mais o Modernismo no Brasil”, torce Ana Paula. Na trama, que misturará personagens históricos com tipos ficcionais, estarão também nomes importantes como Pai da Aviação, Santos Dumont, vivido por Cássio Scapin, e Assis Chateaubriand, responsável pela chegada da TV ao Brasil, interpretado por Antônio Calloni. Além disso, traz acontecimentos marcantes como a crise econômica de 1929 e a Revolução Constitucionalista de 1932.




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