"É um grande passo em direçao ao futuro", comemorou o presidente da Volvo do Brasil, Ulf Selvin. O governador do Paraná, Jaime Lerner, e o prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi também participaram da solenidade.

Com a nacionalizaçao dos motores, a Volvo diminuirá os custos com importaçao de componentes e passará a exportar os produtos prontos. Para este ano, a previsao é que sejam exportadas cerca de mil unidades. O primeiro carregamento, de 600 motores, deve seguir em junho para a Austrália. Cada motor custa em média US$ 12 mil. O grau de nacionalizaçao dos caminhoes fabricados no Brasil também aumenta de 60% para cerca de 65%.

Fruto de investimentos de US$ 40 milhoes, a unidade de usinagem de blocos completa o ciclo da fábrica de motores, inaugurada no ano passado e onde tinham sido investidos US$ 20 milhoes. Esta é a primeira fábrica de motores da Volvo fora da Suécia. "A produçao de Curitiba passa a ser parte integrante do sistema global de fornecimento de trem de força", disse o presidente mundial da Divisao de Trem de Força da Volvo, Stem Ake.

A unidade tem capacidade para usinagem de 14 mil blocos por ano em três turnos. Inicialmente, a fábrica vai usinar 19 blocos por dia, com previsao de duplicar a produçao em janeiro de 2001. A empresa mineira Teksid será a fornecedora dos blocos, que antes eram comprados e usinados na Suécia. Agora, a fábrica de motores brasileira passa também a ser fornecedora para outras montadoras do grupo.

Em razao do elevado nível de automaçao, que garante o mesmo padrao de processo e de qualidade da Suécia, a nova unidade empregará apenas 50 novos funcionários diretos e indiretos. Segundo o presidente da Volvo do Brasil, na nova fábrica serao fabricados os motores eletrônicos D12, considerados os mais avançados do mundo, com baixo consumo de combustível e alta performance, além de atender a todas as exigências ambientais.