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Empresa contesta presidente da Câmara de Diadema
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
15/09/2002 | 21:17
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  A empresa Keiper Recaro contestou, através de documento encaminhado ao Diário por seu escritório de advocacia, a informação do presidente da Câmara Municipal de Diadema, vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), de que tenha ocupado uma rua pública na cidade.

O vereador fez um levantamento, no qual conta que a empresa teria fechado a rua Yaya, na Vila Odete, para poder usar o espaço como estacionamento. O imóvel situa-se na avenida Fábio Eduardo Ramos Esquível.

Na realidade, a empresa era apenas locatária do prédio de janeiro de 1985 a dezembro de 1997, quando mudou suas instalações para São Paulo. A ocupação da área pública foi feita pelo dono do imóvel, Vicêncio Pace. Ele disse que há aproximadamente 20 anos conseguiu a permissão do então prefeito Gilson Menezes, que estava no PT, para usar o espaço. “Nós pagamos até IPTU pela área”, afirmou Pace. O proprietário disse também que tem intenção de adquirir a área pública para poder regularizar a situação. “Já estamos negociando com a Prefeitura”, afirmou.

Hoje há uma placa no local para a venda ou aluguel do imóvel. A área pública era utilizada pela empresa como estacionamento. A passagem pela via é impedida por algumas barras de ferro e corrente. Há também uma guarita no local.

O funcionário de Vicêncio presente no dia em que o Diário foi ao local, Antonio de Freitas Lima, disse que quando chegam corretores para olhar o imóvel, é passada a informação de que o estacionamento trata-se de área pública.

A Keiper Recaro do Brasil tem sua sede hoje na rua Vemag, número 101, em São Paulo. Na carta enviada ao Diário, a empresa nega qualquer participação na ocupação da área pública e ainda diz que não possui mais nenhum vínculo com o imóvel de Diadema. “No período em que ali permaneceu, o fez em função de contrato de locação, que foi, inclusive, levado a registro perante o Registro de Imóveis, o que pode ser confirmado mediante consulta ao respectivo cartório, em Diadema”, disse o advogado Glauber Facão, em carta enviada ao Diário.




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