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Aluguel de imóvel tem alta de 1,2%
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
24/02/2011 | 07:15
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Moradores que precisam locar imóveis tiveram de deixar mais dinheiro com os proprietários no mês passado. O valor do aluguel residencial subiu 1,2% em janeiro, segundo estudo mensal do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), divulgado ontem.

Nos contratos em andamento, baseados no IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), o reajuste acumulado entre fevereiro de 2010 e janeiro foi de 11,5%.

Por meio de nota, o vice-presidente de gestão patrimonial e locação da entidade, Francisco Crestana, destacou que o fato do aumento ser menor do que o desempenhado em dezembro, 1,9% e novembro, 1,6%, indica que os preços podem caminhar para a estabilidade neste ano. O estudo diz que o acréscimo médio das locações nos últimos 12 meses foi de 14,57%.

No Grande ABC, as correções do aluguel estão atreladas aos da Capital. É o que aponta o delegado regional do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Alvarino Lemes. Ele conta que proprietários que mantinham acordos com inquilinos conhecidos, morando no local há cerca de seis anos, preferiram ofertar seus imóveis para novos contratos, pegando carona no reajuste. "De 2006 para cá começaram a ter oscilações. Ano passado chegou a 15%. Ultimamente as taxas estão disparando", diz Lemes.

Ele emenda que a grande quantidade de lançamentos para compras, com a pouca disponibilidade de imóveis residenciais para locação atrapalha, já que a demanda está "muito grande".

PREÇOS - A perspectiva de manutenção nos preços é reforçada pelo corretor Miguel Colicchio, de uma imobiliária de Santo André. Ele afirma que, no caso de trajetória de aumento contínuo dos preços, os locatários terão mais dificuldades para desembolsar o valor do aluguel.

O custo médio na região hoje para apartamentos de um dormitório é de R$ 900 a R$ 1.500 mensais, segundo o corretor Milton Casari, de uma imobiliária em São Bernardo. Fora despesas com condomínio - que flutuam entre R$ 300 a R$ 400, em média - e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). "Começou a entrar numa fase de mais imóveis para locação, em função do aquecimento do mercado imobiliário", diz.

Unidade com um quarto tem correção acima da média 

O preço do aluguel de imóveis com um dormitório ficou acima da média, em janeiro. O balanço do Secovi destaca que a correção foi de 1,5%, contra 1,2% da média. Locação de dois quartos contou com o mesmo percentual.

Casari afirmou que a demanda de locação é maior para imóveis menores, fazendo com que o porte sofra as maiores valorizações. "A procura, geralmente, é feita por descasados ou pequenos casais. Querem local próximo aos comércios. Esses imóveis geralmente são mais baratos, cabem no bolso deles", compara.

Mas há falta de imóveis desse padrão na região. O corretor afirma que é mais vantajoso, para as construtoras, lançar empreendimentos com dois dormitórios. A valorização nesse caso é muito maior do que os que dispõem de apenas um quarto.

O presidente da Acigabc (Associação dos Construtores Imobiliários e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci, afirma que a diferença entre ambas as plantas é de 10 m², em média, o que ajuda a tornar ainda mais escasso apartamentos de um quarto. "O valor de venda de apartamentos de um e dois dormitórios também é muito próximo", sustenta.




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