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Diadema suspende serviço dos agentes de saúde
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
19/04/2001 | 20:25
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Diadema ficará sem o serviço de 105 agentes comunitários de saúde, que faziam o trabalho de médico de família e auxiliavam em 15 UBSs (unidades básicas de saúde) da cidade, pelo menos, até o fim deste mês. O contrato com a Policooper (cooperativa que prestava os serviços) terminou em 23 de março, e, na quarta, os agentes foram oficializados de que a Prefeitura não continuaria com o serviço. O contrato de trabalho de prevenção à dengue, que era realizado por outra cooperativa, a Cooperdia, em toda cidade, terminou nesta quinta e também não foi renovado.

O secretário de Saúde de Diadema, Rodolfo Repullo Júnior, disse que este mês a cidade ficará sem o serviço dos agentes comunitários de saúde, prejudicando cerca de 40 mil moradores, mas garante a contratação de 300 agentes, que começarão a trabalhar em maio.

Sobre a prevenção da dengue, o secretário afirmou que a equipe municipal de controle de zoonoses fará o serviço até que seja realizada uma nova licitação.

Os agentes de saúde fazem um trabalho de acompanhamento do quadro médico de cada família. Nas visitas aos moradores, verificam cadernetas de vacinação, encaminham as pessoas às UBSs e orientam sobre a prevenção de doenças, entre outros serviços. A Policooper realizava o trabalho de agente de saúde há 18 meses, e o contrato permitia a renovação.

“Desde que terminou o contrato aguardamos uma sinalização da Prefeitura em renová-lo. Como não houve nenhum acordo, os funcionários não podem continuar trabalhando sem receber e temos de deslocá-los para outras áreas da cooperativa ou dispensá-los”, explicou o supervisor da Policooper, José de Paula da Silva.

O secretário Repullo afirmou que a Prefeitura encontrou algumas irregularidades no serviço da Policooper e por esta razão não renovou o contrato. “Vamos dispensar a cooperativa e contratar 300 agentes pela Prefeitura, pois podemos fazer essas contratações sem comprometer o orçamento.”

Este mês, porém, cerca de 40 mil pessoas devem ficar sem o serviço dos agentes. “Na semana que vem devemos começar a seleção pública para contratar novos agentes, mas a equipe do médico de família vai continuar trabalhando. Os médicos e enfermeiros que visitam as pessoas não foram dispensados, e os agentes voltarão em maio”, explicou Repullo.

O presidente da Cooperdia, Nelcides José Nascimento, contou que houve reuniões entre a cooperativa e a secretaria, mas as partes não chegaram a um acordo. “A Prefeitura não mostrou interesse em renovar o contrato, e como nosso compromisso termina nesta quinta, vamos retirar nossa equipe, que é especializada e realizou a prevenção da dengue nos últimos 24 meses.”

O secretário Repullo argumentou que a própria direção da cooperativa ficou em dúvida sobre a renovação. “Como houve uma indecisão entre a direção da Cooperdia, o nosso departamento jurídico nos informou que poderíamos fazer uma licitação emergencial, e é o que faremos. Nesse tempo, a equipe de controle de zoonoses vai fazer a prevenção.”




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