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Sto.André quer provar que não tem receio dos grandes
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
13/03/2011 | 07:30
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O Santo André já enfrentou dois dos quatro grandes no Campeonato Paulista de 2011 e, apesar da má campanha, não fez feio ao conquistar empates sem gols contra Santos e Palmeiras. Para dar sequência à fase de bons resultados contra os primos-ricos, o Ramalhão entra em campo empolgado pela primeira vitória na competição - quarta-feira, contra o Americana - para encarar o São Paulo, às 16h, no Estádio do Morumbi.

O jogo coloca frente a frente times em situações opostas no Paulistão. Enquanto o Tricolor iniciou a rodada na liderança com 25 pontos, o Ramalhão segue na zona de rebaixamento, com apenas dez. Esse panorama, no entanto, não entra em campo quando o juiz apita, segundo os andreenses.

"Temos respeito ao São Paulo, mas dentro de campo são 11 contra 11. Já mostramos ter capacidade de enfrentar os grandes. Contra os dois que pegamos fizemos bons jogos e diante do São Paulo não vai ser diferente. Sobretudo porque estamos muito motivados depois dessa primeira vitória. Precisamos do resultado para sair o mais rápido desta situação", afirmou o atacante Borebi.

Para o experiente zagueiro Anderson, não há motivos para o time não acreditar em um bom resultado hoje. "Contra Santos e Palmeiras, que estão entre os líderes, conseguimos nos defender bem, inclusive com chances de ganhar (Juan Felipe, contra o Peixe, e Rychely, diante do Verdão, tiveram a bola do jogo nos pés e desperdiçaram), por que não contra o São Paulo", afirmou o defensor, que alertou: "Mas temos de estar espertos porque eles têm um time rápido e um lance é fatal, como foi contra o Ituano. É necessário ficarmos firmes durante os 90 minutos", emendou.

A evolução andreense é visível nos últimos jogos. Desde o segundo duelo com o Naviraiense pela Copa do Brasil, passando pela derrota diante da Ponte Preta - o time teve bom desempenho, mas acabou derrotado -, pelo empate com o Palmeiras e pela vitória sobre o Americana, a crescente é evidente. "Nosso futebol tem crescido e temos que desenvolvê-lo nesse jogo para sair da zona de rebaixamento", concluiu Borebi.

 

Xerifão Anderson ensina caminho

Na temporada 2008, o zagueiro Anderson defendeu o São Paulo e conquistou o título brasileiro ao lado de Rogério Ceni, Miranda, Dagoberto e Jean, jogadores que hoje encontrará do outro lado do confronto. E por conhecer parte do elenco adversário e também do local da partida, o agora jogador andreense ensina o caminho aos companheiros.

"Será um jogo difícil. O campo tem dimensões diferentes das quais estamos habituados e é muito difícil ficar fechado atrás. Mas, ao mesmo tempo, se encontra muito espaço para tirar proveito. Mostramos nos últimos jogos que o adversário dificilmente consegue entrar na nossa defesa, então quando tivermos a bola temos de apostar nas velocidades do Rychely e do Borebi", afirmou o defensor.

Assim como nas partidas contra Palmeiras e Americana, nas quais o Ramalhão não foi vazado, Anderson destacou que deverá haver doação e companheirismo de todos em campo.

"Temos que voltar todos para marcar e jogar no meio-campo mesmo, porque dessa forma vamos encontrar espaços. O adversário acha que por ter mais posse dificilmente vai perder a bola. É aí que a gente pega e sai em velocidade. Contra o Palmeiras foi assim e agora não deve ser diferente", concluiu zagueiro, que mais uma vez deve ter as companhias de Marcelo Godri e Vitor Hugo.

 

Sandro Gaúcho diz não às expulsões

Nos últimos dois jogos, o Santo André viveu situações que, ao invés de provocar resultado negativo, que seria o mais óbvio, gerou reação contrária no time. Tanto contra o Palmeiras quanto diante do Americana o Ramalhão teve jogador expulso (Gilberto e Aloísio, respectivamente) e, justamente após ficar com um a menos em campo, a equipe melhorou, atuando de forma mais compacta.

Para o jogo de hoje, o técnico Sandro Gaúcho espera contar com os 11 atletas durante os 90 minutos e cobra postura daqueles que forem a campo. "Tem que ser assim, nessa tônica de sempre marcar forte, recompor a marcação quando estiver sem a bola, valorizar e ter a posse. Além disso, não apenas se defender, como também agredir o adversário e criar situações", afirmou o treinador.

De acordo com o atacante Borebi, a partir do momento que o time fica com um a menos existe desgaste grande por parte de todos os outros atletas, mas também uma união ainda maior do elenco. "A gente jamais quer ter um jogador expulso. Os juízes têm complicado muito o nosso desempenho. Mas a equipe mostrou superação tanto no empate com o Palmeiras quanto na vitória sobre o Americana, além da força do nosso grupo", afirmou o centroavante.

Em cima desse panorama positivo, o treinador segue com a base do time utilizado nos últimos jogos. As mudanças devem girar em torno do meio-campo, em razão da suspensão de Aloísio, e da ala-esquerda.

"Para o meio, o Luciano (Fonseca) tem buscado seu espaço. Temos o Edílson, o Walax, o Juan. Na lateral, o Dênis e o Valmir. É muito importante ter opções", afirmou Gaúcho, sem indicar quem inicia o jogo.

 

CARAVANA

Os torcedores andreenses interessados em ir ao Morumbi terão ônibus gratuito à disposição, com saída do Estádio Bruno Daniel, às 13h.

 

 

Carpegiani muda o Tricolor e confirma Alex Silva na zaga

O São Paulo terá três mudanças diante do Santo André, hoje à tarde, na briga pelo topo da tabela do Campeonato Paulista. Na entrevista coletiva de ontem, no CT da Barra Funda, Paulo César Carpegiani confirmou a presença de Alex Silva no sistema defensivo.

Assim, o comandante resolveu colocar um fim na polêmica que envolveu o zagueiro nos últimos dias. O técnico o havia criticado publicamente pelo atraso do xerife no primeiro coletivo da semana. Aparentemente, as divergências estão contornadas. O presidente Juvenal Juvêncio teria interferido na hora de acalmar os ânimos e restabelecer a paz no clube.

Além de Alex Silva, que substitui Miranda, poupado. Carpegiani ainda confirmou o volante Casemiro e o meia Carlinhos (recuperou-se da lesão no joelho direito e volta no lugar de Ilsinho). Já Casemiro, que ocupou da vaga de Wellington no segundo tempo da vitória sobre o Ituano, conseguiu conquistar a confiança de Carpegiani, que o manteve como titular. Fernandinho (no departamento médico) e Fernandão (fisicamente, em condições consideradas abaixo dos companheiros) continuam fora do time.

 

Luís Fabiano desafia lesões e irregularidade na carreira

A fase pós-Copa do Mundo não é nada favorável a Luís Fabiano, que volta supervalorizado ao São Paulo. No segundo semestre do ano passado, o atacante alternou atuações boas e ruins em defesa do Sevilla. O artilheiro já não era mais unanimidade, segundo as diferentes opiniões dos torcedores espanhóis. Para complicar, o matador sofreu lesões musculares que ainda o incomodam.

Tanto é que Luís Fabiano só deverá, se estiver clínica e fisicamente bem, vestir a camisa do São Paulo em maio. Ele será um dos frequentadores do Reffis - o centro de recuperação instalado no CT da Barra Funda. O clube ainda pretende liberá-lo para tratamento na Espanha.

Desde o Mundial da África do Sul, Luís Fabiano conseguiu marcar, em 21 jogos, a média regular de apenas 0,45 gol. Em 2009, era de 0,65. Em 2008, de 0,48. Em 2007, a melhor de todas - de 0,8. Nas últimas participações, o Fabuloso começou exatas cinco vezes no banco, Frederic Kanouté e Negredo iniciaram como titulares. "É a coisa mais chata. Não estou acostumado a isso", desabafou Luís Fabiano, que aguarda o planejamento de marketing a ser elaborado pelo São Paulo.




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