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'Balões solares' tomam os céus do Grande ABC
Ana Lúcia Moraes e
Nicolas Tamasauskas
Do Diário do Grande ABC
08/09/2001 | 18:03
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Balões sem tochas, que não oferecem riscos de incêndio, viraram mania nos céus do Grande ABC. Cilíndricos, os balões solares são pretos e feitos de plástico. Precisam apenas de calor para subir. Em dias de sol intenso, é comum encontrá-los – alguns chegam a ter 20 metros – no céu.

“Estou levando estes balões para soltar durante o feriado”, afirmou o mecânico Luciano Campos do Amaral, 32 anos, que comprava dois modelos, de dez e 20 metros, na avenida João Ramalho, em Santo André.

Os balões solares são, na verdade, gomos de plástico preto fino – com espessura inferior à de sacolas utilizadas por supermercados. Para soltá-los, basta amarrar uma das pontas, enchê-los de ar e depois amarrar a outra. Expostos ao sol, os balões sobem expontaneamente a alturas de mais de 20 metros. São vendidos por metro, por R$ 0,30, em média – os menores, com comprimento entre 3 e 6 metros, são os mais procurados.

“Há fins de semana em que a gente chega a vender até 300 metros. Hoje mesmo eu vendi um balão de 30 metros para um homem que iria soltar em seu sítio, em Suzano (Grande São Paulo)”, disse o vendedor Cláudio Gil, de Mauá.

O vendedor afirma soltar com freqüência os balões na rua onde mora, no Parque das Américas. “Dá até para criar figuras com esses balões – a gente amarra uns nos outros e monta quadrados e outras formas”, afirmou Gil.

Valdelal Pereira vende entre 180 e 200 balões por dia na avenida João Ramalho, em Santo André. Segundo ele, a maioria dos compradores são adultos.

Se o calor é intenso, os balões sobem até uma certa altura, quando ficam muito inflados e o plástico estoura. Em dias em que o sol é encoberto por nuvens, os balões caem, o que pode provocar acidentes – como o que quase aconteceu na via Anchieta, no dia último dia 31, quando um modelo atingiu um motociclista.

“O risco que esse tipo de balão oferece é bem pequeno, se comparado aos balões convencionais, que podem provocar incêndios e explosões. O perigo ocorre se um balão cai na rua ou na rede elétrica”, afirmou o tenente Fábio Leite, do 8º Grupamento de Bombeiros do Grande ABC. “Quem quiser praticar esse lazer, deve optar por balões de pequeno comprimento”, disse.




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