O corpo da estudante Keila Damiana do Prado Gomes, 19 anos, foi encontrado na tarde desse sábado boiando na represa Billings, em Riacho Grande, São Bernardo, com marcas de pancadas na cabeça e um corte de cerca de dez centímetros no pescoço. A jovem, que morava no bairro Tatetos, também nas margens da represa, estava desaparecida desde a manhã da última quarta-feira, segundo familiares.

De acordo com informações do BO, pessoas que passavam pelo local viram o corpo e, em seguida, chamaram a polícia. Na jaqueta da garota foram encontrados vestígios de cacos de vidro e manchas de sangue. Segundo a polícia, garrafas quebradas devem ter sido usadas para rasgar a garganta da estudante.

Desde o dia do desaparecimento, a família de Keila acusa o namorado dela, o adolescente R.L.S., 15 anos, de ter participação no caso. Segundo depoimento dos tios da vítima para a polícia, o menor foi visto com Keila momentos antes do seu desaparecimento. No entanto, eles não conseguiram informar para a polícia quem viu os dois juntos naquele dia.

No começo da madrugada deste domingo, a polícia localizou o adolescente, que negou qualquer envolvimento na morte da namorada. Ele acusou familiares da garota de o terem agredido.

De acordo com a mãe do menor, a diarista E.L.B., 33 anos, S. estava com ela na manhã de quarta-feira, mas que acredita que o filho não tenha qualquer envolvimento com o crime. Ela disse que suspeita que uma vizinha de Keila possa ter matado a garota por causa de uma briga ocorrida há seis meses.

Neste domingo, policiais do Setor de Homicídios de São Bernardo buscaram informações sobre o caso para iniciar o inquérito. O Instituto de Criminalística foi solicitado para analisar os cacos encontrados na roupa da garota.

A estudante, que vivia com uma avó e dois tios, cursava o 3º ano do ensino médio em uma escola pública da região do Riacho Grande. A família de Keila não foi encontrada neste domingo para comentar o caso.