Ciro Gomes evitou comentar a composição do novo ministério ou tecer críticas sobre o comportamento do PT na condução das discussões relativas ao salário mínimo. Cauteloso, o candidato derrotado destacou que o PPS deve assumir a 'co-responsabilidade' junto ao governo Lula, sem condicionantes. 'O presidente eleito deve ser deixado absolutamente livre para escolher entre os brasileiros homens e mulheres aquele que achar melhor para pôr em prática o que imaginar que deve ser feito', disse.
Ministros – A participação no governo foi o assunto principal do encontro do PPS em Brasília. E as notícias de que alguns petistas já estariam sendo convidados acirrou os ânimos de alguns participantes. Para correligionários de Ciro, porém, as informações não passavam de mera especulação. Segundo o noticiário deste sábado, o atual coordenador da equipe de transição, Antonio Palocci Filho, assumiria o Ministério do Planejamento, enquanto a governadora do Rio, Benedita da Silva, ficaria com a pasta social e a senadora Marina Silva (AC) seria responsável pelo Meio Ambiente.
"Os nomes são bons, mas não creio que seja oficial, pois se isso for confirmado põe abaixo todas as negociações que a equipe vem fazendo com os aliados", disse um líder próximo a Ciro. No Rio, a assessoria de Benedita negou que ela tenha recebido convite. 'Como Lula declarou em São Paulo, nenhum convite foi feito para ministério. Só o próprio Lula declarará os nomes de seu ministério e vai anunciá-los de uma só vez', informou um assessor.
Em Brasília, a cúpula do PPS sinalizou que o interesse do partido é receber convites para áreas específicas, que englobam além dos cargos relativos à política macroeconômica, como Ciência e Tecnologia e Saúde. Mas o presidente nacional do partido, senador Roberto Freire (PE), mantém o discurso de que o apoio 'não está condicionado a coisíssima nenhuma, sem pré-condições'. Na opinião de Freire, o convite não precisa ser formal ou 'escrito uma carta', mas fruto de conversas e negociações.
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