"Como grande cronista do cotidiano, ele trafega com naturalidade por todas as modalidades de samba, seja nos sambas de terreiro ou nos sambas enredo. Algo que me encanta também é o fato de a geração dele não ter feito da arte um instrumento de busca da fama e de riqueza, mas sim um compromisso cultural de respeito com a sua comunidade, no caso a Portela. É de uma modéstia comovente, mas bota aí que ele foi um grande ?center half?, que ele vai ficar feliz", diz Marisa Monte.
A habilidade do compositor como meio-campista também é lembrada nos extras do DVD, no curta Casquinha: O Center Half da Portela, dirigido por Adriana Penna e produzido por Zeca Pagodinho. Nele, Monarco confirma a fama de boleiro de Casquinha: "Ele jogava muita bola, jogou naqueles clubes de segunda divisão, só não jogou na primeira porque era relaxado, não ligava. Mas chamaram ele para treinar em times, não tinha center half igual a ele".
Depois de morar em uma casa na Estrada do Sapê, em Oswaldo Cruz, há seis anos Casquinha mora em Bangu com a filha Monica, o genro e duas netas. Com artrose nos joelhos, ele tem muita dificuldade em se locomover e praticamente não sai de casa. Segundo sua filha, ele recebe parte da renda arrecadada em feijoadas realizadas na Portela, além de ter sua fisioterapia custeada por Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. Com um problema na distribuição, o DVD do sambista pode ser comprado apenas por meio de pedidos na página "Casquinha da Portela" no Facebook. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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