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Recorde de demissões nas indústrias
Simpi
24/12/2014 | 07:25
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De acordo com a 21ª rodada do Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, as demissões na categoria econômica registraram recorde em novembro, pelo segundo mês consecutivo. Realizado mensalmente pelo Simpi-SP (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo), o levantamento constatou que 19% das empresas consultadas demitiram no mês anterior. No acumulado de janeiro a novembro, as demissões bateram à porta de 17% das empresas, que cortaram 1,195 milhão de vagas no período, ou seja, se subtraídas as contratações no ano, o total de postos de trabalho cortados foi de 288 mil.

Segundo o presidente do Simpi-SP, Joseph Couri, esse cenário é decorrente de três causas: a primeira é a inadimplência, pois 47% das firmas disseram ter sofrido calotes nos seus recebimentos; a segunda é a falta de crédito, já que é quase impossível às companhias obterem financiamentos junto aos bancos; e a terceira é a elevação dos custos de produção, pois os empresários não puderam repassar os aumentos aos consumidores em razão da concorrência desleal dos produtos importados. Couri destaca ainda que o pacote de estímulo ao crédito, lançado em agosto pelo Banco Central do Brasil liberando o compulsório, não chegou na ponta. “O sistema financeiro não repassou crédito às empresas”, afirma o dirigente, que complementa dizendo que, se não houver flexibilização de crédito e melhoria nas condições concorrenciais, o cenário vai ficar cada vez mais difícil. “O ano de 2015 vai depender exclusivamente de medidas governamentais.” Esse e outros dados, informações e indicadores referentes à micro e pequena indústria paulista estão disponíveis na íntegra no site da entidade (www.simpi.org.br).

Os grandes desafios do governo em 2015

Em entrevista ao Programa de TV do Simpi A Hora e a Vez da Pequena Empresa, Davi Zaia, deputado estadual reeleito pelo PPS de São Paulo, afirma que o maior desafio para o governo paulista em 2015 é manter a capacidade de investimento. “Se a economia cresce menos, o Estado está arrecadando menos e, então, o governo tem que manter a sua máquina enxuta, fazendo que ela funcione bem e, ao mesmo tempo, garantir recursos para investimentos”, diz o deputado.

Segundo ele, o grande desafio para o governo federal no ano que vem é fazer o País crescer, num contexto em que houve sensível aumento nos gastos públicos e somente com a chamada “contabilidade criativa” foi possível manter o equilíbrio das contas nos últimos anos. “A presidente Dilma está sucedendo a ela mesma e a contabilidade criativa vai apresentar a fatura agora. Então, serão necessários ajustes profundos nas contas públicas, de forma a permitir a retomada dos investimentos para que o País possa crescer e, com isso, gerar mais renda e qualidade de vida”, enfatiza. O deputado estadual destaca ainda que as últimas eleições, no nível federal, terminaram de forma muito acirrada, com apresentação de muitas denúncias e graves acusações de ambas as partes. Apesar disso, ele acredita que as instituições e o processo democrático no País continuam sólidos e inabaláveis. “O nosso sistema representativo respondeu bem ao processo democrático, pois as pessoas puderam e tiveram liberdade para votar”, afirma Zaia, que conclui: “O povo reclama que é preciso mais infraestrutura e melhores serviços, que são obrigações do Estado. Então, os governos precisam dar resposta rápida e satisfatória para essa questão”. 




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