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Karmann promete pagar adiantamento

Funcionários voltam às atividades após presidente da companhia participar de assembleia

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
20/12/2014 | 07:23
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André Henriques/DGABC


Após cinco dias paralisados, os cerca de 500 funcionários da Karmann Guia, em São Bernardo, decidiram voltar às atividades. Eles reivindicavam o adiantamento salarial, que deveria ter sido pago pela empresa no dia 15, segunda-feira, o que não ocorreu. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a companhia se comprometeu a liquidar a dívida com os trabalhadores ontem – prazo previsto na convenção coletiva do grupo 3, ao qual pertence a companhia –, o que motivou o retorno ao trabalho.

Além do compromisso em liberar o dinheiro, a Karmann garantiu que pagará o próximo salário normalmente, com adiantamento no dia 15 e o complemento no dia 30. Porém, segundo o sindicato, a presidente da companhia metalúrgica, Mônica Marani, disse aos funcionários presentes na assembleia que não tinha condições de pagar a segunda parcela do 13º salário ontem e prometeu para 23 de janeiro – neste caso, como a lei prevê prazo limite no dia 20, estará sujeita a multa de R$ 170,25 por trabalhador.

Outro compromisso assumido pela gestora da Karmann foi o depósito dos valores em atraso referentes ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviços) de vários funcionários a partir de janeiro.

A equipe do Diário tentou contato com porta-voz da empresa, mas uma funcionária informou que nenhum responsável estava no local e que todos voltariam só na segunda-feira.

Outra definição durante a assembleia foi que dos cerca de 250 trabalhadores que encerraram o lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho) de cinco meses, 130 fizeram acordo para ficar em casa e voltar às atividades dia 6. Segundo o sindicato, todos eles serão remunerados normalmente, tendo em vista que a previsão é de desconto em banco de horas. A entidade reconhece que a situação financeira da Karmann é delicada, e teve conhecimento de que alguns fornecedores da empresa se negam a renovar contratos.

No primeiro trimestre, a empresa perdeu parte de sua produção de autopeças, que eram destinadas às linhas Gol G4 e Kombi, encerradas pela montadora Volkswagen.
 




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