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Segunda fase dos vestibulares exige preparo e calma

Educadora orienta alunos sobre as particularidades dos processos seletivos de Fuvest e Unicamp, que serão realizados em janeiro

Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
16/12/2014 | 07:00
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Para os estudantes que prestaram a primeira fase dos vestibulares da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), que seleciona alunos para os cursos da USP (Universidade de São Paulo), e da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o momento agora é de ansiedade para checar a lista de aprovados para a segunda fase. No caso da Fuvest, as provas serão realizadas entre os dias 4 e 6 de janeiro. Já a Unicamp aplica os exames entre os dias 11 e 13 de janeiro.

Com os gabaritos oficiais em mãos, mesmo antes de saber o resultado da primeira fase, muitos candidatos conseguem ter uma ideia de seu desempenho e sabem da importância de se familiarizarem desde já com o estilo das avaliações dessa segunda etapa. Assim, podem chegar mais bem preparados às provas de janeiro, e evitar surpresas de última hora.

Nos exames de Língua Portuguesa da segunda fase, tanto a Unicamp quanto a Fuvest trazem questões dissertativas e uma prova de redação. De acordo com a assessora pedagógica da Saraiva e doutoranda em Linguística Aplicada pela Unicamp, Carolina Assis Dias Vianna, as questões dissertativas em geral trabalham com textos variados, tais como anúncios publicitários, tirinhas, cartuns, trechos de notícias, reportagens, canções. “Em geral, o que se espera é que os alunos sejam capazes de ler e construir sentidos com base nesses textos, tendo em vista suas características: que texto é, quem escreveu, onde foi publicado, quais os seus objetivos e a quem se destina”, afirma a especialista.

Ela explica que não há, nessas provas, uma exigência muito grande por terminologias e classificações gramaticais, visto que estas não são necessárias para comprovação de que uma pessoa é capaz de compreender um texto e os sentidos produzidos em sua leitura. “É por esse motivo que os processos seletivos não exigem do aluno tanta nomenclatura, ou ‘decoreba’, mas sim uma leitura crítica e muita reflexão”, diz Carolina.

Entre possibilidades diversas de abordagem para se aferir essa competência leitora dos alunos, a assessora pedagógica da Saraiva aponta alguns tópicos que aparecem com frequência nas provas da Unicamp e da Fuvest. São eles: polissemia (diferentes significados de uma mesma palavra); efeitos de sentido construídos em textos diversos pelo uso de diferentes termos ou expressões; sentidos de conectivos que ligam diferentes orações; relação entre as partes verbal e não verbal de um texto; relações intertextuais (diálogos entre textos distintos); reescrita de frases ou orações, a fim de eliminar uma ambiguidade, corrigir a falta de paralelismo (eliminar ‘quebras’ de ideias ou de estrutura), modificar gênero ou número, revisar concordância e alterar uma conjunção. 




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