Política Titulo Interlocução
Bottura vira opção para Câmara de São Caetano
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
07/12/2014 | 08:50
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 A resistência de vereadores de São Caetano em aderir à candidatura à presidência da Câmara de Chico Bento (PP), nome defendido pelo Palácio da Cerâmica, tem forçado o governo a buscar alternativa. Diante do impasse, Paulo Bottura (Pros), José Roberto Espíndola Xavier (PMDB) e Jorge Salgado (Pros) trabalham para ganhar a preferência do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) no processo interno.

A inclinação do governo por Chico Bento surgiu da família Pinheiro, que vê traços de simplicidade no perfil do progressista semelhantes ao do prefeito. A “qualidade” destacada, entretanto, é o que tem gerado insatisfação na Casa, com entendimento de que a imagem do Legislativo seria desgastada por demonstrar subserviência ao Palácio da Cerâmica. O vereador evita assumir a candidatura publicamente, pouco tem se movimentado e aguarda articulação do Paço para garantir êxito na empreitada.

Tido como segunda opção do Executivo, Bottura exerceu a presidência da Câmara por dois mandatos, de 2005 a 2008, nas administrações do ex-prefeito e atual secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB). Além disso, conta com preferência do articulador político, Antônio Pádua Tortorello, e do secretário de Governo e Saúde, Sallum Kalil Neto, que apostam na experiência do parlamentar para conduzir com mão de ferro votações de projetos.

A candidatura de Bottura divide opiniões. Ponto negativo é a avaliação de que a vitória dele afastaria Pinheiro do Legislativo. O positivo é que a maioria conhece a agilidade e habilidade do vereador em conduzir os trabalhos na Câmara, respeitando a vontade dos colegas.

Xavier busca, de forma independente, ganhar apoio de Pinheiro explorando antiga amizade dos dois, que exerceram função de médicos no município. O fato de ser vereador de primeiro mandato atrapalha.

Jorge Salgado tentou se cacifar como candidato governista à presidência do Legislativo em 2013, mas perdeu a disputa para Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão da Padaria (PSB), e recebeu a função de líder do governo de Pinheiro após a derrota. O vereador se apoia no retrospecto do último pleito e se considera o sucessor natural do socialista.

A maioria dos parlamentares evita comentar publicamente os rumos da eleição interna, marcada para dia 15. Salgado, Bottura, Xavier e Chico Bento, por exemplo, não retornaram aos contados do Diário. Terça-feira ocorre a última sessão do ano, quando será votado o reajuste de 6,75% na PGV (Planta Genérica de Valores), que serve como base de cálculo do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).




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