Política Titulo Mesa diretora
Suspense marca eleição da Câmara de Sto.André

Pelo menos seis nomes estão na disputa; G-12 se realinha, mas parte admite chance de compor com governo Grana

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
04/12/2014 | 07:34
Compartilhar notícia
Montagem/Nario Barbosa


O suspense marca, mais uma vez, a véspera da eleição à presidência da Câmara de Santo André, assim como ocorreu em 2010 e 2012, anos em que o processo se definiu no dia da disputa. Horas antes da concorrência interna, hoje, não existia nome de consenso. Pelo menos seis parlamentares se colocam no páreo para comandar o Legislativo pelos próximos dois anos. O G-12, grupo com 12 vereadores, responsável pela construção da unidade há dois anos se realinhou, pontualmente para o pleito, mas parte da ala admite possibilidade de compor com o governo do prefeito Carlos Grana (PT).

Os vereadores Luiz Zacarias (PTB), Almir Cicote (PSB), Ailton Lima, Toninho de Jesus, ambos do SD, Evilásio Santana, o Bahia (DEM), e Elian Santana (Pros) estão na briga. Alguns almoçaram juntos ontem na tentativa de buscar apoio e procuraram conversas paralelas a portas fechadas na sala do atual presidente Donizeti Pereira (PV), que não tem direito à reeleição. Houve encontro na terça-feira, depois da sessão, em casa de um dos integrantes do bloco que se estendeu até a madrugada. Em contrapartida, o PT e a base aliada também se reuniram ontem para traçar tática.

Ex-componente do G-12, Elian tem a simpatia de parte da cúpula do Paço, com maioria na Casa. Porém, como atualmente integra bancada de sustentação, entre os denominados independentes há resistência. O grupo, contudo, mira tirar nome de dentro dessa ala visando novamente ungir o escolhido. Zacarias leva vantagem entre esses parlamentares. “Esse mistério enriquece a escolha. Quando um quadro vem pronto, imposto, é de cima para baixo. Por outro lado, quando se constrói no coletivo, dá mais legitimidade”, alegou Donizeti.

Embora haja reuniões frequentes do G-12, sabe-se que parcela sinaliza mudar de lado, com possibilidade de se esfacelar neste processo. Articulador do Executivo, o secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), adotou discurso de diálogo e composição. Segundo o petista, a base já se mostrou à disposição para formar chapa ampla, de consenso, situação diferente da derrota de 2012, quando o Paço buscou emplacar José Montoro Filho, o Montorinho (PT). “É possível compor, independentemente de quem seja o nome, atendendo o conjunto da Casa.”

Arlindo frisou que a unidade seria “ideal” para evitar cicatrizes. “Para nós (governo), é (cenário) interessante”, disse, justificando, no entanto, que não havia decisão se o PT lançaria candidatura própria. O petista Eduardo Leite era cotado.

Ailton Lima mencionou que, desta vez, o governo entrou na discussão “de forma humilde”, o que criou a chance de composição, “sem queda de braço ou imposição”. “Eles (Paço) foram mais simples. Por isso, não foi rechaçada. Boa parte reagiu de maneira positiva, mas não a maioria (do grupo)”, assinalou. Em contrapartida, o oposicionista cravou que a escolha partirá do G-12. “Tem de sair do grupo. É o que foi previamente acordado.”




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;